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Ação de tutela

Mulher requer tutela da irmã órfã e MP pede demonstração da incapacidade dos pais

Irmã mais velha já havia anexado certidão de óbito dos pais nos autos do processo.

Da Redação

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Atualizado em 15 de novembro de 2019 07:36

O juiz de Direito José Clésio Machado, da 1ª vara Cível de Biguaçu/SC, acolheu pedido do MP do Estado e determinou a intimação de uma mulher para comprovar a incapacidade de seus pais no cuidado da irmã. A intimação foi recebida com surpresa por ela, já que a mulher requereu a guarda de sua irmã justamente porque seus pais haviam falecido.

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A irmã mais velha ajuizou ação de tutela requerendo a formalização da guarda da menor em decorrência do falecimento de seus pais. Argumentou que, embora tenha despendido todos os cuidados necessários com a irmã após a morte dos pais, tem enfrentado dificuldades na regularização de matrícula, autorização para viagens, realização de consultas médicas e ministração vacinas.

Nos autos do processo, a autora inclusive anexou as certidões de óbito dos pais.

Posteriormente, o MP/SC requereu a intimação da mulher para comprovar a impossibilidade do exercício da curatela da irmã por parte de seus pais. Tal pedido foi acolhido pelo juiz, determinando a intimação.

"Em atenção a ordem de preferência estipulada no artigo 1.731 do Código de Processo Civil, o Ministério Público se manifesta pela intimação da autora, a fim de que comprove a impossibilidade do exercício da curatela de (...) por seus ascendentes. Após, pugna-se por nova vista."

Atendendo à intimação, a autora novamente informou que seus pais estariam incapacitados para o exercício da curatela uma vez que já faleceram.

"Ocorre que os ascendentes de (xxx) e (xxx) (pois são irmãs) JÁ FALECERAM, conforme se verifica nas certidões de óbito de fls. 34 e 35, fato que, por si só, COMPROVA INEQUIVOCADAMENTE A IMPOSSIBILIDADE DO EXERCÍCIO DA 'CURATELA'."

O processo tramita sob segredo de Justiça.