Movimento de transações no setor de Saúde ainda é crescente
Executivos que participaram de evento na sede do Perlman Vidigal Godoy Advogados destacam oportunidades, desafios e perspectivas no cenário brasileiro.
Da Redação
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
Atualizado em 1 de agosto de 2019 18:46
Dia 30 de julho, o escritório Perlman Vidigal Godoy Advogados, em parceria com o Ártica, empresa de assessoria financeira em fusões e aquisições, realizou café da manhã, que trouxe à atenção dos mais de 60 convidados presentes temas como o movimento de consolidação no setor nos últimos anos, panorama atual e perspectivas. O evento contou com a participação especial de Lídia Abdalla, CEO do Grupo Sabin e membro do Comitê Deliberativo da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica - Abramed.
Para Marcelo Perlman, sócio do escritório na área de societário e estruturação de negócios, o encontro contribuiu para entender como os negócios em Saúde têm evoluído no país, suas particularidades e oportunidades. "Pudemos compartilhar com os participantes experiências vivenciadas pelos especialistas convidados e cases, além de questões econômicas, negociais e jurídicas do setor", destacou Marcelo.
"A consolidação no setor de Saúde teve início em 2004 e, desde então, tem crescido no Brasil com fusões e aquisições em diferentes segmentos, como indústria farmacêutica, laboratórios, rede de farmácias, hospitais e operadoras de planos", comentou Luiz Penno, sócio do Ártica. Ainda de acordo com o assessor, o cenário atual é favorável para um novo movimento de transações em todo país. "Pontos de pressão como profissionalização, ingresso de novos players, demandas regulatórias e barreiras de entrada regional, fazem com que ainda existam oportunidades de consolidação do setor de Saúde no Brasil".
A CEO do Grupo Sabin, Lídia Abdalla, ressaltou o crescimento da empresa ao longo dos anos de forma estruturada em diversas regiões do país. "Nosso foco em gestão e melhores práticas fez com que pudéssemos nos preparar para consolidação e crescimento nos mercados de diagnósticos nas regiões Norte, Nordeste, interior de São Paulo e Minas Gerais".
A executiva comentou sobre os desafios enfrentados nesse processo, como o de consolidação nacional da marca, e a transparência como diferencial do grupo. "O Brasil é um país continental e é preciso entender a cultura e característica de cada região para implementar a estrutura do grupo. Acreditamos que a transparência é fundamental para criar uma relação estruturada com colaboradores e consumidores".
Luiz Penno também defende a transparência como essencial para a parte vendedora. "Instruímos nossos clientes a colocar as cartas na mesa e falar dos problemas enfrentados para que a operação de aquisição possa progredir e ser concluída da melhor forma", explica Penno.
Pelo lado comprador, o sócio do Ártica ressalta a importância de antecipar os principais riscos antes de fechar negócio. "Orientamos que o cliente fique atento a pontos sensíveis do negócio e às contingências existentes , bem como aprofunde internamente a compreensão da necessidade e oportunidade da aquisição".