Na década de 70, a promessa era de riqueza com a mineração
Eram tímidos os questionamentos ambientais na exploração do córrego do Feijão, que se iniciou pela Ferteco, de propriedade da alemã Thyssen, Hech e Krupp (thyssenkrupp).
Da Redação
sábado, 26 de janeiro de 2019
Atualizado às 12:16
O início da exploração da bacia do Paraopeba, onde fica localizada a mina do Córrego do Feijão, cuja barragem de rejeitos tragicamente arrebentou, era sinal de prosperidade para a região. Ministros de Estado e o então governador de Minas Gerais, Aureliano Chaves, estiveram presentes na inauguração das minas.
E já no ano seguinte de suas operações, a empresa que detinha os direitos de exploração, a Ferteco, já anunciava aumento na produção.
Dúvidas ambientais
Artigo publicado no jornal Vale do Paraopeba, em junho de 1976, já criticava a poluição trazida pelas mineradoras. O matutino, editado por Edward de Souza Andrade, fala da transformação do rio Paraopeba por conta da ambição, citando o córrego do Feijão como um dos que poluem a bacia levando argila vermelha da mineração.
Aquisição
Em abril de 2001, a Companhia Vale do Rio Doce, atualmente apenas Vale, anunciou a compra da Ferteco, da ThyssenKrupp, por US$ 566 milhões. Na época, a Ferteco era a terceira maior produtora de minério de ferro do Brasil.
Veja abaixo os principais lugares envolvidos na tragédia: