Para Rodrigo Janot, reforma política deve ser prioridade do novo governo
Ex-PGR palestrou em SP para líderes de Departamentos Jurídicos.
Da Redação
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
Atualizado às 00:52
Em evento que reuniu os principais líderes de Departamentos Jurídicos do Brasil, o ex-Procurador-Geral da República Rodrigo Janot esteve ontem, em SP, para falar sobre combate à corrupção e o que esperar do próximo governo.
Após apresentar os números que movimentaram as eleições presidenciais dos últimos 20 anos, Janot foi taxativo ao defender uma profunda reforma política. "O Brasil, para seguir, precisa dessa 'reforma mãe'. Depois dessa reforma virão todas as outras: da previdência, da segurança, tributária e todas que forem necessárias."
Além da reforma política, ele apontou outros quatro itens fundamentais à agenda do novo governo: I) independência e autonomia do Ministério Público e da magistratura, II) Ministério Público como autoridade central, III) colaboração premiada e justiça penal negociada e IV) Compliance.
Sobre o último tópico, o ex-PGR chamou atenção para a responsabilidade daqueles que controlam os departamentos jurídicos na implementação e efetivação do compliance dentro das companhias. "Hoje meu desafio é fazer com que as empresas sejam parceiras dos órgãos de controle do Estado".
Após a apresentação, os general counsels promoveram uma verdadeira sabatina de perguntas ao convidado de honra. E não se furtaram de levantar questões caras às empresas, como a dificuldade na condução de acordos de leniência frente aos inúmeros órgãos de controle, o novo 'super ministério da Justiça' e a regulamentação do lobby.
O evento foi promovido pelo escritório Castro Barros Advogados e comemorou o lançamento do "GC Powerlist Brazil", organizado pelo diretório internacional The Legal 500. O coquetel reuniu os principais líderes de departamentos jurídicos de empresas de diversos setores da economia.
A escolha dos indicados foi feita por meio de votação, onde participaram sócios de escritórios de advocacia e integrantes in house das companhias. Os pesquisadores levaram em consideração aspectos como inovação, capacidade de desenvolver soluções brilhantes para questões complexas, e influência na empresa e no setor jurídico.
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