CNMP abre processo para investigar procuradora que pediu ação militar contra o STF
No Twitter, Camila Fátima Gomes Teixeira declarou apoio a intervenção militar.
Da Redação
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Atualizado às 09:00
Por unanimidade, o plenário do CNMP decidiu instaurar PAD a fim de apurar manifestações consideradas ofensivas feitas pela procuradora de Minas Gerais Camila Fátima Teixeira. No Twitter, a procuradora pediu ação militar contra os ministros do STF.
Na conta do Twitter identificada como "Camila Moro", a procuradora publicou as seguintes mensagens:
"Generais, saiam do Twitter e posicionem seus homens no entorno do STF, até que Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli entreguem suas togas. Marquem dia que vamos juntos: Brasileiros + Exército salvaremos a Lava Jato."
"Que venha a intervenção militar e exploda o STF e o Congresso de vez."
No mesmo mês, também por meio do Twitter, na conta intitulada "Camila Teixeira", a procuradora publicou textos ofensivos, como a frase "Trabalha diariamente pra soltar Lula, alô, generais, tomem uma atitude", sobreposta à imagem do ministro Marco Aurélio, incitando ação militar e insinuando atuação funcional ilícita por parte do integrante do STF.
O referido PAD é relatado pelo conselheiro Leonardo Accioly e de acordo com o plenário, a membro do MP/MG teria deixado de manter conduta pública ilibada, de zelar pelo prestígio da Justiça e pela dignidade de suas funções, e de tratar magistrados com a urbanidade devida.
- Processo: 1.00479/2018-01