Conflitos trabalhistas preocupam escritórios de advocacia
Em reunião mensal do CESA, dirigentes de importantes bancas discutiram questões trabalhistas suscetíveis a contendas jurídicas.
Da Redação
quarta-feira, 25 de abril de 2018
Atualizado às 09:10
Com auditório lotado, reunião mensal do CESA discutiu ontem "Mediação e Arbitragem nas Sociedades de Advogados". Dirigentes de importantes bancas pararam atentos para ouvir Flávio Pereira Lima, da Câmara de Mediação, Conciliação e Arbitragem da OAB/SP e sócio de Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, e Luís Carlos Moro, especialista em Direito do Trabalho e sócio de Moro e Scalamandré Advocacia.
Os especialistas debateram as causas dos conflitos envolvendo ex-sócios e sociedades de advogados e a forma como isso é levada ao judiciário. Para Moro, responsável pela defesa de mais de 76 bancas, a advocacia mudou muito nos últimos anos e hoje há mais de 1.000 processos em trâmite na justiça do trabalho envolvendo advogados e seus pares. Ele acredita que seria mais interessante uma atuação corporativa para dirimir esses conflitos, já que a mudança de jurisdição é um verdadeiro atraso à luta da classe, que batalhou durante anos para ter seu controle ético. "É evidente que todo mundo tem direito à jurisdição e acesso à justiça, mas é importante também que nós identifiquemos nessas disputas uma dimensão de cunho ético deontológico da nossa profissão."
Já o advogado Flávio Pereira Lima propõe que que o CESA e outras entidades de classe passem a debater boas práticas para dirimir, de maneira clara e justa, os principais pontos motivadores de conflitos, como apuração de haveres, partilha de honorários, 'propriedade' do cliente e valor da clientela.
__________________