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Contribuição dos inativos

Aposentado, Guarani não contribuirá. Faleceu em 2002

Da Redação

terça-feira, 8 de junho de 2004

Atualizado em 23 de setembro de 2003 12:16


Contribuição dos inativos

Nos próximos dias, o STF julgará as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 3105 e 3128) propostas contra a parte da reforma da Previdência que institui a contribuição de inativos e pensionistas (artigo 4º da Emenda 41/03).

Pelo menos um dos inativos, que infelizmente não está mais aqui, não presenciará este imbróglio judicial e, muito menos, será atingido por mais uma contribuição. Trata-se do cavalo Guarani, da pacata cidade de Jardinópolis, a 340 km de São Paulo, que em 1987, provocou polêmica ao ter seu nome incluído na lista dos servidores inativos.

 

Com a Portaria 52/87 (do então prefeito José Luiz Gininho Marchio), Guarani, depois de puxar uma carroça com o lixo municipal do distrito de Jurecê durante 12 anos, ganhou direito a cocho privativo, provisões diárias de ração, frutas e capim, além de assistência de um veterinário e uma bióloga.

 

Ele também virou cartão postal da cidade. "Este é o protesto do prefeito contra a calamitosa vida do aposentado brasileiro", dizia o postal.

 

O cavalo faleceu em outubro de 2002, aos 39 anos. Em uma noite, Guarani caiu num rio e não teve forças para se levantar. Passou a noite toda na água. A baixa temperatura e a idade já avançada não o deixaram escapar com vida do acidente. Probre Guarani.

 

Retratos do Brasil.

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