113 anos do artigo incompleto de José do Patrocínio
O jornalista, orador, poeta e romancista escreveu seu último artigo em favor da causa dos animais.
Da Redação
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
Atualizado em 29 de janeiro de 2018 17:36
Anos mais tarde, em 1881, o jornalista comprou, com o auxílio financeiro do sogro, o seu próprio jornal, chamado Gazeta da Tarde, endossando a luta pela causa dos escravos.
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(Fonte: jornal Dom Casmurro, 1937)
"José do patrocínio, mulato, filho bastardo de escrava e vindo da senzala, sentia-se o legítimo representante dos escravos brasileiros". (Trecho retirado do livro "As ruas de Porto Alegre", de Eloy Terra).
José do Patrocínio tinha 34 anos quando a Lei Áurea foi assinada. Entretanto, depois desse fato marcante para a história do Brasil, a vida do jornalista tomaria outro rumo. Seu prestígio, na época, começaria a decair em virtude de sua defesa pela monarquia em um momento em que ares republicanos tomavam conta do solo brasileiro.
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(Fonte: acervo do Arquivo do senado Federal)
O derradeiro artigo
Quando faleceu, José do Patrocínio tinha 51 anos e deixou esposa e filhos em decorrência de um problema de saúde que o afligiu enquanto escrevia seu último artigo.
"Largou a penna. Ia levantar-se e vieram-lhe aos lábios uns escarros de sangue como que um fluxo. Foi tudo quanto se lhe notou de alarmante. Momentos depois era morto, na própria cadeira em que estivera a trabalhar". (Trecho retirado do jornal O Paiz, 1905)
O jornalista escrevia um artigo de variedades favorável à causa dos animais escravizados. Sua luta pela liberdade não se limitou ao ser humano. Pelas suas últimas palavras, depreende-se que o combate de Patrocínio era em prol da causa da libertação e do respeito a todos. Para o jornalista, "o animais têm alma" e nutre por eles um "respeito egípcio".
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(fonte: jornal O Paiz, 1905)
Desde então, sua imagem é sempre relembrada, principalmente no dia da abolição da escravatura, uma data tão simbólica e significativa para este personagem.
Relembre algumas homenagens:
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(Fonte: jornal A Imprensa, 1909)
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(Fonte: jornal A Imprensa, 1910)