Advogado tem sido o grande fautor do Direito no Brasil, afirma Cármen Lúcia ao encerrar ano forense
Na última sessão do ano, presidente fez um balanço dos trabalhos e agradeceu especialmente aos advogados.
Da Redação
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Atualizado às 13:54
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, encerrou nesta terça-feira, 19, o ano forense. Na última sessão de 2017, a ministra fez um balanço dos processos julgados pela Corte e agradeceu os ministros e também, e especialmente, aos advogados - sem os quais, nas palavras da presidente, é impossível cogitar de jurisdição.
Segundo a ministra, o ano foi de muitos desafios, mas objetivos foram conquistados nas 81 sessões plenárias realizadas, sendo 44 extraordinárias, e baixar para menos de 50 mil processos o acervo da Corte: começaram o ano com 57.995 e, a despeito de terem recebido 42.579 novos processos, chegaram ao final com 44.832. Cármen lembrou que, anos atrás, o Supremo chegou a quase 150 mil processos. "Sou grata a cada um, inclusive pelas extraordinárias matutinas que pedi em todos os meses, as quais ocorreram sei que com grande esforço dos ministros."
Encômios
A ministra agradeceu a atuação dos causídicos afirmando que "o advogado tem sido o grande fautor do Direito no Brasil". As grandes lutas, afirmou, as que não podem ser travadas por juízes, nos limites da lei, ficam a cargo dos advogados, "que podem lutar muito mais, e lutam".
"O advogado brasileiro tem sido, historicamente, um dos maiores construtores da democracia e garantidores do Estado Democrático de Direito Do Brasil, e o maior parceiro seguramente do poder judiciário brasileiro. Muito obrigada a todos e a cada um, em meu nome e em nome do Supremo Tribunal brasileiro."
Em nome dos advogados, agradeceram, da tribuna, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e o presidente da OAB nacional Cláudio Lamachia.
Em ano marcado por desentendimento entre ministros da Corte, a ministra encerrou a sessão com mensagem de paz e tolerância, desejando a todos um período de tranquilidade.
"O que a gente quer para o Brasil com mais Justiça, com mais solidariedade, com muito maior tolerância de todos com todos. Acho que nosso colegiado, sendo um grupo de pessoas com compreensões diferentes, como já foi enfatizado aqui, que sejamos capazes de nos compreender para dar o exemplo da compreensão que precisa prevalecer em todo o Brasil."