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Lava Jato

Rocha Loures, o assessor presidencial que corria com a mala de dinheiro, é preso

Da barrinha à quentinha. O temor palaciano é de que ele rapidamente delate. E, de fato, Loures não parece ser do tipo que vai se acostumar a usar o "boi" na Papuda.

Da Redação

sábado, 3 de junho de 2017

Atualizado às 08:09

O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures foi preso na manhã deste sábado, 3, em sua casa, em Brasília. O mandado de prisão foi assinado na noite desta sexta pelo ministro Edson Fachin.

Rocha Loures foi levado para a Superintendência da PF no DF. Em março, ele flagrado pela PF recebendo em São Paulo uma mala com R$ 500 mil que, segundo delações de executivos da JBS seriam dinheiro de propina.

Nesta semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, voltou a pedir para que o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato STF, autorizasse a prisão preventiva do ex-assessor especial do presidente Michel Temer. Para Janot, como Rocha Loures perdeu a prerrogativa de foro privilegiado, já que o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio voltou à Câmara, não há mais motivo para que a medida cautelar deixasse de ser executada.

Nesta sexta, a defesa do ex-deputado afirmou ao ministro Fachin que o PGR "quer a prisão [de Loures] apenas para forçar uma delação, como tem sido usual nos últimos tempos".

"Desde o momento em que o deputado Osmar Serraglio não aceitou o Ministério da Cultura e optou por reassumir sua cadeira de deputado na Câmara, a grande mídia tem insistido que a qualquer momento o recorrido Rodrigo Rocha pode ser preso. E, invariavelmente, acrescentam que se ele não for preso provavelmente não irá delatar. Ou seja, a própria mídia já encorpou a filosofia adotada na Lava Jato de prender, para humilhar, fragilizar e apavorar os investigados para optarem pela delação", afirma o advogado Cezar Bitencourt.


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