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Lava Jato

Lava Jato: Mais de um terço dos senadores são investigados

O ministro Fachin, do STF, autorizou abertura de inquérito contra 29 senadores.

Da Redação

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Atualizado às 09:01

Os inquéritos autorizados pelo ministro Edson Fachin, do STF, contra os políticos citados nas delações premiadas da Odebrecht atingem cerca de 30% do Senado.

Os pedidos são do procurador-Geral da República Rodrigo Janot. O PMDB é o partido com maior número de parlamentares investigados, 9, seguido do PSDB, com 7, e PT, com 4. O PP, o PSB e o DEM têm 2 senadores na lista cada um, e o PCdoB, PTC e PSD têm 1.

Veja quem são.

Senadores

Inquéritos

Fatos investigados

Eunício Oliveira

(PMDB-CE)

Presidente do Senado

4437

- Teria recebido vantagem indevida da Odebrecht para obtenção de aprovação de legislação favorável aos interesses da companhia.

- Corrupção ativa

- Corrupção passiva

- Lavagem de dinheiro

Romero Jucá Filho

(PMDB-RR)

4382

4413

4426

4437

4460

- Recebimento de vantagem indevida da Odebrecht para aprovação de legislação favorável à companhia. Fatos associados à aprovação da MP 627/13, com fins de conseguir benefícios fiscais, e conversão da mesma em lei. Teria recebido notas técnicas as quais foram transformadas em emendas na mesma MP. Jucá teria recebido R$ 5 milhões, que afirmava serem também em nome de Renan Calheiros.

- Jucá teria recebido R$ 10 milhões pelo grupo Odebrecht e pela Andrade Gutierrez para participação em processo licitatório no qual a Odebrecht foi vencedora.

- Corrupção passiva

- Corrupção ativa

- Lavagem de dinheiro

- Falsidade ideológica eleitoral

Renan Calheiros

(PMDB-AL)

4389

4426

4437

4464

- Teria recebido vantagem indevida da Odebrecht para obtenção de aprovação de legislação favorável aos interesses da companhia (MP's 470/09, 472/10 e 613/13 e posterior conversão em lei).

- Fatos associados à aprovação da MP 627/13, com a qual se almejava alcançar benefícios fiscais, e conversão da mesma em lei.

- Corrupção passiva

- Corrupção ativa

- Lavagem de dinheiro

- Cartel

- Fraude em licitações

Aécio Neves

(PSDB-MG)

4392

4414

4423

4436

4444

- Pagamento de vantagens indevidas a pedido de Aécio em seu favor e em benefício de seus aliados políticos objetivando obter ajuda do parlamentar em interesses da Odebrecht, notadamente nos empreendimentos do Rio Madeira, usinas de Santo Antônio e Jirau. Conluio com a Andrade Gutierrez. Marcelo Odebrecht apontou que Aécio detinha forte influência na área energética, razão pela qual o Grupo Odebretch concordava com expressivos repasses financeiros em seu favor.

- Recebimento de vantagens indevidas em 2014 para campanha à presidência da República.

- Repasse de R$ 5,4 milhões para campanha eleitoral ao governo de MG do hoje senador Anastasia.

- Recebimento, em 2009, de R$ 1,8 milhão a pretexto de doação eleitoral em favor da campanha ao governo de MG do hoje senador Anastasia.

- Em 2007, teria organizado esquema para fraudar processos licitatórios mediante cartel de empreiteiras.

- Corrupção passiva

- Corrupção ativa

- Lavagem de dinheiro

- Fraude em licitações

- Cartel

José Serra

(PSDB-SP)

4428

- Colaborador da Braskem afirmou ter realizado diversas contribuições em favor de campanhas de Serra objetivando futuro auxílio em obras e concessões na área de transporte e saneamento. Pagamento de R$ 2 milhões à campanha de 2004 e R$ 4 milhões à campanha de governador de SP. Durante seu governo, a Odebrecht teria sido vencedora em diversos processos licitatórios.

- Corrupção passiva

- Corrupção ativa

- Lavagem de dinheiro

- Cartel

- Fraude em licitações

Edison Lobão

(PMDB-PA)

4384

- Recebimento de R$ 5,5 milhões com o objetivo de interferir para anulação da adjudicação da obra referente à Usina de Jirau.

- Corrupção passiva

- Corrupção ativa

- Lavagem de dinheiro

Marta Suplicy

(PMDB-SP)

4404

- Vantagens no âmbito de campanhas eleitorais em 2008 à prefeitura de SP e em 2010 ao Senado nos valores de R$ 550 mil e 500 mil.

- Falsidade ideológica eleitoral

Ivo Cassol

(PP/RO)

4411

- Recebimento de vantagem indevida quando governador do Estado de Rondônia. Repasse de R$ 2 milhões para favorecimento em procedimentos administrativos atinentes às obras da Usina de Santo Antônio, do Projeto Madeira.

- Corrupção passiva

- Corrupção ativa

- Lavagem de dinheiro

Valdir Raupp

(PMDB/RO)

4433

- Recebimento de vantagens indevidas associadas à execução das obras da Hidrelétrica de Santo Antônio.

- Corrupção passiva

- Corrupção ativa

- Lavagem de dinheiro

Eduardo Braga

(PMDB-AM)

4429

- Ajuste entre a Odebrecht e Eduardo Braga, então governador do AM, para que fossem feitos pagamentos em seu favor relativos à construção da Ponte do Rio Negro. Informa-se repasse de R$ 1 milhão com o objetivo de favorecimento do consórcio.

- Corrupção passiva

- Corrupção ativa

- Lavagem de dinheiro

- Advocacia administrativa

Lindbergh Farias

(PT-RJ)

4415

- Vantagens indevidas no âmbito da campanha eleitoral dos anos de 2008 e 2010, nos valores respectivos de R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões.

- Corrupção passiva

- Corrupção ativa

- Lavagem de dinheiro

Jorge Viana

(PT-AC)

4393

- A pedido de Viana teria sido realizado pagamento de vantagem a campanha eleitoral de seu irmão, Tião Viana, ao governo do Acre, em 2010. Foram repassados R$ 2 milhões, sendo R$ 500 mil de modo oficial. Tais valores teriam sido decotados da cota global do PT na intitulada "planilha italiano", tendo contado com a anuência de Antônio Palocci.

- Falsidade ideológica eleitoral

Fernando Bezerra Coelho

(PSB-PE)

4458

4464

- Recebimento de R$ 200 mil no âmbito de campanha eleitoral em 2010

- Cartel

- Corrupção ativa

- Corrupção passiva

- Fraude em licitações

- Lavagem de dinheiro

- Falsidade ideológica eleitoral

Paulo Rocha

(PT-PA)

4.449

- Foram constatadas vantagens indevidas no âmbito da campanha eleitoral de Helder Barbalho ao governo do Pará em 2014, valores solicitados pelo próprio candidato e pelo senador Paulo Rocha. Teriam sido repassados R$1,5 milhão.

- Corrupção ativa

- Corrupção passiva

- Lavagem de dinheiro

Humberto Sérgio Costa Lima

(PT-PE)

4383

- Corrupção ativa

- Corrupção passiva

- Lavagem de dinheiro

Cássio Cunha Lima

(PSDB-PB)

4.386

- Falsidade ideológica eleitoral

Lidice da Mata

(PSB-BA)

4396

- Falsidade ideológica eleitoral

José Agripino Maia

(DEM-RN)

4399

- Falsidade ideológica eleitoral

Ciro Nogueira

(PP-PI)

4407

- Corrupção ativa

- Corrupção passiva

- Lavagem de dinheiro

Dalírio José Beber

(PSDB-SC)

4408

- Corrupção ativa

- Corrupção passiva

- Lavagem de dinheiro

Vanessa Grazziotin

(PCdoB-AM)

4418

- Falsidade ideológica eleitoral

Kátia Regina de Abreu

(PMDB-TO)

4419

- Falsidade ideológica eleitoral

Fernando Collor de Mello

(PTC-AL)

4427

- Corrupção ativa

- Corrupção passiva

- Lavagem de dinheiro

Omar Aziz

(PSD-AM)

4429

- Advocacia administrativa

- Corrupção ativa

- Corrupção passiva

- Lavagem de dinheiro

Eduardo Amorim

(PSDB-SE)

4438

- Falsidade ideológica eleitoral

Maria do Carmo Alves

(DEM-SE)

4438

- Falsidade ideológica eleitoral

Garibaldi Alves Filho

(PMDB-RN)

4440

- Falsidade ideológica eleitoral

Ricardo Ferraço

(PSDB-ES)

4442

- Falsidade ideológica eleitoral

Antônio Anastasia

(PSDB-MG)

4414

- Corrupção ativa

- Corrupção passiva

- Lavagem de dinheiro

Além dos senadores, são investigados ex-senadores, candidatos ao Senado e outros envolvidos nas campanhas políticas. Veja a lista.

- Luís Alberto Maguito Vilela, ex-senador e prefeito de Aparecida de Goiânia entre os anos de 2012 e 2014;

- Edvaldo Pereira de Brito, então candidato ao cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010 (inq 4455);

- Márcio Toledo, arrecadador das campanhas da senadora Marta Suplicy (inq. 4404);

- Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio Neves (inq. 4414);

- Eron Bezerra, marido da senadora Vanessa Grazziotin;

- Moisés Pinto Gomes, marido da senadora Kátia Abreu, em nome de quem teria recebido os recursos (inq 4419).

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