Justiça terá rede digital
Da Redação
segunda-feira, 5 de junho de 2006
Atualizado às 09:17
Modernização
O CNJ e o CJF dão um passo importante rumo à implementação do sistema de processo virtual em todo o País com a realização, em Brasília, de
O "Encontro dos Operadores da Justiça Virtual", realizado pelo CNJ e pelo CJF, tem o apoio das maiores entidades representativas do Judiciário: AMB, a Ajufe e Anamatra.
A presidente do CNJ e do STF, ministra Ellen Gracie, e o ministro coordenador-geral da Justiça Federal e diretor do Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal, Fernando Gonçalves, participam da abertura do evento.
O Encontro é também uma preparação para a entrada em vigor do projeto de lei 5828, que regulamenta o uso de sistemas de processo virtual na Justiça brasileira. O projeto tramita na CCJ da Câmara dos Deputados, tendo como relator o deputado José Eduardo Cardozo (PT/SP), que participa do encontro explicando detalhes do projeto.
"O sistema de processo virtual representa um grande avanço no sentido da modernização do Judiciário, permitindo mais agilidade, transparência, acesso e facilidade para todos os operadores", adianta Sérgio Tejada. Com a digitalização dos processos, as pilhas de papel abarrotando mesas e depósitos nos tribunais deixam de existir. Os processos passam a tramitar em meio eletrônico, com consultas via internet. Desta maneira, um advogado pode iniciar um processo sem sair do seu escritório, com apenas um comando desde o seu computador. O processo é enviado tribunal e lá tramita sempre por meio eletrônico. Todos os interessados podem consultar o processo via web simultaneamente. "Como o processo é digital, mais de uma pessoa pode consultá-lo ao mesmo tempo, sem ter que esperar a sua vez. Da mesma maneira, o juiz pode consultar e tomar decisões a qualquer momento, em tempo real, de qualquer lugar, desde que tenha uma conexão à rede mundial de computadores", explica Tejada.
Os sistemas de processo virtual já são usados por alguns tribunais no Brasil, mas não são compatíveis entre si. Agora, o CNJ e o CJF pretendem chegar a um padrão único, útil para todos os segmentos da justiça brasileira, interligando os tribunais. "Desta maneira, facilita-se enormemente a tramitação e os recursos, inclusive aos tribunais superiores", diz o secretário geral do CNJ.
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