MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. STF mantém decisão de Teori em 1º julgamento da Lava Jato sem ministro
Lava Jato

STF mantém decisão de Teori em 1º julgamento da Lava Jato sem ministro

Decisão na 2ª turma foi unânime, acompanhando o novo relator, ministro Fachin.

Da Redação

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Atualizado às 15:15

A 2ª turma do STF, de forma unânime, manteve uma decisão agravada de Teori Zavascki ao julgar primeiro caso na turma sobre a Lava Jato após o falecimento do ministro.

O cerne da reclamação de João Claudio Genu foi a usurpação de competência, tendo em vista que o juízo da 13ª vara Federal havia suspendido as investigações, e ao mesmo tempo o procurador-Geral da República informou que não havia investigação na Corte Suprema em trâmite. Genu foi condenado na Lava Jato e está preso.

O novo relator, ministro Fachin, manteve a decisão agrava do ministro Teori que rechaçou o argumento de usurpação de competência nos seguintes termos:

"Embora tenham tramitado nesta Corte os Inquéritos 3.992, 3.999, 3.980 e 4.000, e ainda tramitem os Inquéritos 3.988 e 4.005, os fatos relacionados ao reclamante, alusivos a possível recebimento de vantagens indevidas, permanecem no juízo da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba."

De acordo com Fachin, o fato de Genu ser ouvido não lhe confere automaticamente a condição de investigado. "Encontro fortuito de elementos de informação não significa que foi alvo de investigação."

O ministro Toffoli seguiu este entendimento afirmando: "Diligências que eventualmente tenham atingido esse reclamante não foram direcionadas diretamente a ele. E o próprio relator, saudoso ministro Teori, afirmou que ele não estava sob a supervisão deste Supremo."

Também o ministro Lewandowski acompanhou a tese de ausência de usurpação de competência, destacando que Genu "não era objeto de investigação específica". Na mesma linha foram os votos dos ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes.

Patrocínio

Patrocínio Migalhas