Reclamação de Eduardo Cunha será julgada pelo Plenário do STF
Inusitadamente, ministro Teori afeta processo ao Plenário.
Da Redação
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Atualizado às 14:11
O plenário do STF irá julgar o processo do deputado cassado Eduardo Cunha, no âmbito da Lava Jato. O ministro Teori Zavascki decidiu na manhã desta terça-feira, 13, afetar ao pleno da Corte um agravo regimental na reclamação do ex-presidente da Câmara.
Ainda não houve inclusão em pauta, até o início da tarde desta terça-feira, mas o processo provavelmente deve ser julgado na quarta-feira ou quinta-feira, dias de sessão do Plenário. A sessão de amanhã terá início às 9h.
O recurso estava na turma, onde ordinariamente deveria ser julgado, mas ontem à noite foi retirado de pauta. Agora, com a afetação, todos os ministros, em frente às câmeras, terão de decidir se soltam o famigerado ex-deputado.
Histórico
Os jornais desta segunda-feira deram destaque à pauta. Este informativo, na edição de ontem, também chamou atenção para o caso. O jornalista Fernando Rodrigues divulgou informação de que em Brasília havia expectativa de que Cunha fosse colocado em prisão domiciliar.
Ainda segundo o jornalista, o governo "faz tudo para sensibilizar os ministros do STF", temeroso (com o perdão do trocadilho) de eventual delação que seria "tida como uma espécie de "armagedon" na política nacional". Fernando Rodrigues ainda adiantava o placar "3 X 2 ou 4 X 1" a favor de Cunha.
Este era o cenário, quando no meio da tarde surge a notícia de que o delegado da Polícia Federal de Curitiba havia solicitado a transferência de Cunha para o Complexo Médico Penal. Era, indubitavelmente, a sinalização da PF de que não havia nenhum indício de que Cunha estaria ensaiando uma delação, caso contrário ficaria na carceragem da PF, como todos que estão delatando ou ensaiando a delação.
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Processo relacionado: Rcl 25.509