Caçada contra a corrupção se espalha pelo país
Movimentação foi iniciada a partir da operação Lava Jato.
Da Redação
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
Atualizado às 11:56
Desde a deflagração, em 2014, da operação Lava Jato, Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário iniciaram uma movimentação em todo o país no sentido de desmantelar esquemas com práticas ilícitas, desbaratar organizações criminosas, e coibir, de maneira mais agressiva, a corrupção.
A "caça às bruxas" avança perante a Justiça. Recentemente, só no Estado de SP, foram intentadas ações por estes órgãos que resultaram na prisão da então prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, na cassação do mandato do prefeito reeleito de Penápolis, Célio de Oliveira, e na prisão de dez vereadores de Osasco.
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Confira abaixo alguns dos casos sob a lupa destas instituições.
Caso Ribeirão Preto (SP)
A PF prendeu no fim da semana passada a prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera no âmbito de operação que apura o desvio de R$ 203 milhões, desde 2012, dos cofres do município em fraudes de licitações, contratações irregulares de funcionários e pagamento de propinas para políticos votarem com o governo municipal na Câmara. Vereadores também foram presos por suspeita de envolvimento no esquema. O vice-prefeito de Ribeirão Preto, Marinho Sampaio, renunciou ao cargo nesta terça-feira, 6.
Caso Penápolis (SP)
O TSE cassou nesta terça-feira, 6, a candidatura do prefeito reeleito de Penápolis, Célio de Oliveira. O motivo da cassação, de acordo com a Corte, foi um salário pago em duplicidade em 2010. Na decisão, o ministro Herman Benjamin considerou que o recebimento em dobro do próprio salário caracteriza "falha insanável".
Caso Osasco (SP)
Também nesta terça-feira foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva contra vereadores de Osasco. As prisões são parte da operação Caça-Fantasma, deflagrada em agosto de 2015 pelo MP/SP. Os vereadores são suspeitos de manter um esquema de funcionários fantasmas, além de captar parte do salário de assessores. O parquet estima que R$ 21 milhões foram desviados com as fraudes. A promotoria também pediu a prisão preventiva do prefeito, Rogério Lins.
Caso Sérgio Cabral (RJ)
Investigado na Lava Jato pelos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, o ex-governador do RJ Sérgio Cabral foi preso no dia 17 de novembro. Cabral é acusado de liderar um grupo que desviou cerca de R$ 224 milhões em contratos com diversas empreiteiras, dos quais R$ 30 milhões referentes a obras tocadas pela Andrade Gutierrez e a Carioca Engenharia.
Caso Anthony Garotinho (RJ)
Em novembro, o também ex-governador do RJ Anthony Garotinho foi preso pela PF, zona sul do Rio. Anthony Garotinho foi preso no âmbito da operação Chequinho, que apura fraudes no programa Cheque Cidadão. Ele é acusado de envolvimento com um esquema de compra de votos. No último dia 24, entretanto, o plenário do TSE concedeu parcialmente ordem em HC ao ex-governador para revogar a prisão preventiva.