Conferência de Carreira em Direito une jovens talentos a escritórios e empresas
Bate-papos e palestras com os líderes das empresas proporcionaram aprendizado e troca de interesses entre jovens talentos e seus futuros empregadores.
Da Redação
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Atualizado às 11:58
No início desta semana a Fundação Estudar realizou a 1ª Conferência de Carreira em Direito, o chamado "Ene Jurídico". Em um formato inovador, o evento promoveu o encontro entre os melhores estudantes e recém-formados do Brasil com escritórios e departamentos jurídicos.
Logo no credenciamento os 313 candidatos, selecionados por meio de testes e análise curricular, receberam uma pasta com material personalizado de acordo com seu perfil, indicando, por exemplo, se suas aptidões seriam mais bem aproveitadas em escritórios ou empresas. Além disso, o conteúdo orientava o aluno a participar das palestras que tivessem mais sinergia com seu profile. Foram 8 painéis, divididos nos períodos da manhã e da tarde, que proporcionaram ao participante uma verdadeira imersão no Direito Empresarial, Público, Contencioso e Consultivo. As áreas que despertaram maior interesse do público entre 17 e 27 anos foram Direito Empresarial: Jurídico de Empresas (52 de 300), Direito Consultivo: M&A (43 de 300), Direito Contencioso: Civil (32 de 300) e Direito Público (28 de 300).
Na plenária de abertura Paulo Cezar Aragão, sócio do escritório BMA - Barbosa, Müssnich, Aragão, contou, com brilho nos olhos, sua vasta experiência profissional, iniciada ao lado do pai, no Contencioso Civil, com passagens pela CVM e GP Investimentos, quando decidiu abrir seu próprio escritório. "Eu percebi que seria muito mais útil para eles trabalhando em meu próprio escritório do que internamente".
Considerado o "braço direito" do trio da 3G Capital (Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles, Carlos Alberto Sicupira), Aragão orientou os participantes a conter a ansiedade e investir no conhecimento. Segundo ele, para ser um bom advogado é preciso experiência. "Um cozinheiro pode ser bom aos 18 anos, mas o advogado precisa estudar. Nossa profissão envolve uma série de áreas. Para qual vocês vão é o tempo que vai decidir. Mas nenhum grande maestro é bom se não domina um instrumento específico". Além de dominar a matéria, ele ressalta a importância de ter conhecimentos acessórios, como contabilidade e finanças, que ajudam na relação com o cliente.
Entre as atividades que aconteceram ao longo do dia, bate-papos com líderes de escritórios e departamento jurídicos proporcionavam a troca de interesses. Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer um pouco melhor do trabalho realizado em cada instituição, enquanto os mentores puderam avaliar a desenvoltura do candidato perante um futuro chefe, sem o nervosismo habitual das entrevistas de emprego. Para o advogado Massami Uyeda Junior, sócio do escritório Arap, Nishi & Uyeda Advogados, o evento "é uma grande oportunidade para os alunos, para os recém-formados e para as empresas, porque currículos e candidatos são a matéria-prima do nosso negócio. A gente procura estar sempre em contato com bons candidatos para alimentar a nossa empresa."
Para o diretor jurídico do BTG Pactual, Bruno Duque Horta Nogueira, "participar de um processo como esse é muito interessante para o BTG Pactual e pra mim como pessoa pela oportunidade de crescimento e troca que a gente tem. É a primeira vez que eu vejo um evento como esse e é algo realmente muito enriquecedor".
Especialistas também estavam à disposição para sessões de coaching, que orientavam os candidatos ao autoconhecimento, com o intuito de ajuda-lo a traçar seu perfil profissional. Para a diretora jurídica da BRMALLS Claudia Lacerda é fundamental que o candidato tenha características generalistas, no sentido de ter os valores da empresa "senso de dono, ser dinâmico, ter determinação, disciplina e vontade de crescer. O profissional que a gente procura tem que ter essas qualificações".
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