Pedidos de falência acumulam alta de 9,2% no 1º semestre de 2015
As falências decretadas subiram 31,9% em relação ao ano anterior.
Da Redação
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Atualizado em 2 de julho de 2015 08:27
Os pedidos de falência acumularam alta de 9,2% no 1º semestre de 2015, em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com dados da Boa Vista Serviços S/A. Em junho de 2015, o número de pedidos de falências aumentou 31,3% na comparação mensal (6/15 contra 5/15) e foi 81,7% maior na análise interanual (6/15 contra 6/14).
No 1º semestre de 2015, as falências decretadas subiram 31,9% em relação ao ano anterior. Na comparação interanual (6/15 contra 6/14) aumentaram 94,8% e subiram 16,5% ante o mês anterior (6/15 contra 5/15).
Os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas também aumentaram no acumulado do ano, 17,2% e 12,5%, respectivamente. A tabela 1 resume os dados.
A fraca atividade econômica reduz a capacidade de geração de caixa das empresas, e o aumento nas taxas de juros e na restrição ao crédito encarecem o capital de giro, piorando os indicadores de solvência das empresas. Sem sinal de melhora no cenário macroeconômico no curto prazo, a Boa Vista Serviços S/A espera que os indicadores de falências encerrem o ano em patamares superiores aos de 2014.
Distribuição das falências e recuperações judiciais por porte
A tabela 2 mostra como estão distribuídas as falências e recuperações judiciais por porte de empresa no 1º semestre de 2015, a partir dos critérios de porte de empresa adotados pelo BNDES.
As pequenas empresas, por exemplo, representam cerca de 85% dos pedidos de falências e 91% das falências decretadas. Tanto nos pedidos de recuperação judicial quanto nas recuperações judiciais deferidas, as pequenas empresas também correspondem ao maior percentual, 87% em ambos os casos.
Distribuição das falências e recuperações judiciais por setor
Na divisão por setor da economia, o setor de serviços foi o que representou mais casos nos pedidos de falência (40%), seguido do setor industrial (34%) e do comércio (26%). Observa-se que o setor de serviços ganhou representatividade nos pedidos de recuperação judicial, pois o comércio passou a concentrar apenas 31% dos casos, frente aos 40% dos pedidos acumulados até no último trimestre. Para os demais dados, segue o resumo apresentado na tabela 3 abaixo:
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