Pedidos de falência encerram 2014 com queda de 1,3%
Indicador de recuperação judicial, no entanto, cresceu 7,8%.
Da Redação
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Atualizado às 14:19
Os pedidos de falência encerraram 2014 com queda de 1,3%, em todo o país, em comparação ao ano anterior, de acordo com os dados da Boa Vista Serviços S/A. Na análise mensal (dez/14 contra nov/14), os pedidos de falência recuaram 2,0% e na comparação interanual (dez/14 contra dez/13) houve aumento de 0,7%.
Em 2014, as falências decretadas registraram leve queda de 0,2%, na comparação com 2013. Houve queda de 38,6% na comparação mensal (dez/14 contra nov/14) e na análise interanual (dez/14 contra dez/13) o indicador caiu 23,9%.
O indicador de recuperação judicial cresceu 7,8% no acumulado do ano (jan/14 a dez/14 contra jan/13 a dez/13), e as recuperações judiciais deferidas registraram alta de 1,2%, na mesma base de comparação. A tabela 1 resume os dados.
Apesar do cenário adverso observado ao longo de 2014, os pedidos e os decretos de falências encerraram o ano em patamares menores aos observados em 2013, e os números de recuperação judicial desaceleraram neste mesmo período. Entretanto, a persistência de um cenário de baixo crescimento econômico, o aumento das taxas de juros e a manutenção de restrições ao crédito devem piorar a solvência das empresas em 2015.
Distribuição das falências e recuperações judiciais por porte
A tabela 2 (v. abaixo) mostra como estão distribuídas as falências e recuperações judiciais por porte em 2014, a partir dos critérios adotados pelo BNDES.
As pequenas empresas, por exemplo, representam 83% dos pedidos de falência e correspondem a todas as falências decretadas. Tanto nos pedidos de recuperação judicial quanto nas recuperações judiciais deferidas, as pequenas empresas também detêm o maior percentual, 88% e 87%, respectivamente.
Distribuição das falências e recuperações judiciais por setor
Na divisão por setor da economia, o de serviços foi o que representou mais casos nos pedidos de falência (41%), seguido do setor industrial (36%) e do comércio (23%).
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