Deficiência auditiva unilateral não dá direito a vaga reservada para deficientes
A candidata, aprovada para vaga reservada a deficientes auditivos, teria apenas um dos ouvidos comprometido e de forma moderada.
Da Redação
quarta-feira, 9 de julho de 2014
Atualizado às 08:00
A 4ª turma do TRF da 4ª região revogou liminar da JF de Curitiba/PR que mantinha no cargo de advogada júnior da Petrobras uma candidata aprovada para vaga reservada a deficientes auditivos que teria apenas um dos ouvidos comprometido e de forma moderada.
A candidata tomou posse no cargo em julho de 2013, por meio de liminar em mandado de segurança, pois não preenchia os requisitos do edital do concurso para concorrer à vaga de deficiente. A decisão levou a autarquia a recorrer no tribunal. Segundo a Petrobras, a autora não apresenta deficiência física, visto que a surdez não é bilateral.
A decisão da desembargadora Federal Vivian Josete Pantaleão Caminha levou em conta os exames médicos apresentados pela autora, segundo os quais esta sofre de perda parcial unilateral da audição, passível de ser corrigida por cirurgia.
"Não se está diante de situação fática consolidada e irreversível, como sustenta a agravada em suas contrarrazões, porquanto a posse no cargo na condição de portadora de deficiência auditiva ocorreu de modo precário, amparada somente em provimento liminar."
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Processo: 5028734-67.2013.404.0000