Novela é adaptação de romance do escritor brasileiro Bernardo Guimarães
"Rosaura, a enjeitada" se passa na cidade de São Paulo e compõe panfleto antiescravagista.
Da Redação
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Atualizado em 27 de fevereiro de 2014 16:42
A comovente história que tivemos o prazer de apresentar aos leitores foi adaptada por Migalhas a partir da novela Rosaura, a enjeitada, de autoria do escritor brasileiro Bernardo Guimarães, publicada originalmente em 1883.
Tal como A Escrava Isaura, outro romance do mesmo autor recentemente adaptado por Migalhas, Rosaura, a enjeitada também se vale da narrativa de um "causo" para compor, à sua maneira, certo panfleto antiescravagista. Como prescrevia o figurino romântico-folhetinesco da época, a redenção dos heróis Adelaide e Conrado (em nossa adaptação chamado Frederico) é coadjuvada por um padre, o representante de Deus na terra, pela morte dos malvados, pela celebração do casamento.
Há entre os dois romances, contudo, significativo traço distintivo. Ao contrário de A Escrava Isaura, passada em fazenda do estado do Rio de Janeiro, sede da Corte Imperial e centro de todas as atenções do país, a pitoresca história de Rosaura, a enjeitada é passada em São Paulo, tranquila e pacata província habitada pelos tipos preferidos de Bernardo, o caipira, o caboclo, o homem simples.
Nesse cenário, em meio à narrativa do tortuoso caminho percorrido pelos amantes, desde sua paixão adolescente à união matrimonial já em idade madura, ao leitor é dado entrever como a instalação do curso jurídico no velho convento do Largo de São Francisco foi lenta e gradualmente transformando a atmosfera da poeirenta capital de Província, para em poucas décadas, torná-la o centro irradiador das ideias abolicionistas no país.
Estudantes de Direito que fomos, a história se faz de todos nós.
Mais uma vez, nosso percurso só foi possível por que pudemos contar com a sua companhia, amado leitor. Obrigado. Sigamos contando e ouvindo nossas histórias.
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