Tiroteio no fórum de Bangu, no RJ, deixa uma criança morta e três feridos
No fim da tarde desta quinta-feira, o fórum regional, na zona oeste, foi invadido por quatro homens armados que pretendiam resgatar dois presos em audiência no local.
Da Redação
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Atualizado às 09:08
O Fórum regional de Bangu, na zona oeste do RJ, foi invadido no fim da tarde desta quinta-feira, 31, por quatro homens armados com fuzis para resgatar dois prisioneiros que prestavam depoimento em de audiência no local. Duas pessoas ficaram feridas, um PM e uma criança faleceram após serem baleados.
Os criminosos teriam chegado ao local, à rua Doze de Fevereiro, em dois veículos e pretendiam libertar Alexandre Bandeira de Melo, conhecido como "Piolho", e Vanderlan Ramos da Silva, alcunhado de "Chocolate", acusados de integrar quadrilhas de tráfico de drogas no Morro do 18, em Jacarepaguá, e em Belford Roxo.
Na tentativa da segurança do fórum de impedir a incursão, iniciou-se troca de tiros no interior do prédio, onde dois PMs foram baleados. Já do lado de fora do edifício, uma idosa que passava de ônibus pelo local foi atingida por estilhaços e um menino de oito anos faleceu após ser atingido por um disparo.
Em nota oficial, o TJ/RJ informou que o fórum regional ficará fechado nesta sexta-feira, 31, em razão de perícia técnica a ser realizada no local. Os prazos processuais em tramitação serão suspensos.
Videoconferência
O presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, afirmou que o deslocamento de prisioneiros sempre preocupou a Ordem. Diante da recente ocorrência, Santa Cruz declarou que a seccional irá analisar a situação com calma para que sejam criadas alternativas à situação. A OAB irá oficiar ao CNJ pedindo avanço na videoconferência de prisioneiros ou a criação, no presídio de Bangu, de uma grande central de depoimentos, evitando a transferência de presos.
A Anamages - Associação Nacional dos Magistrados Estaduais divulgou nota lamentando a situação e defendeu a adoção, como regra, de vídeo conferência, além de mudanças nas leis penais e processuais, "acabando-se com penas fantasiosas e a farra de liberdades excessivas".