Dez PMs são indiciados pelo desaparecimento de Amarildo
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil fluminense encaminhou ao MP/RJ a conclusão do inquérito sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarido de Souza, de 47 anos. Ele sumiu em 14/7 depois de ser levado para a sede da UPP da Rocinha.
Da Redação
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Atualizado às 09:12
O documento indicia dez policiais militares lotados à época
na UPP , entre eles, o ex-comandante da unidade, major Edson dos Santos. Todos
vão responder pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.
O promotor de Justiça, Homero de Freitas, encarregado do caso, disse que vai
oferecer denúncia contra os acusados nos próximos dias.
O advogado da família de Amarildo, João Tancredo, disse que,
ao tomar conhecimento da conclusão do inquérito, ligou para Bete, mulher de
Amarildo, e declarou que não esperava resultado diferente. Segundo ele,
Amarildo foi levado para a sede da UPP, onde foi torturado e morto. "Os
policiais que prenderam Amarildo disseram que depois de ouvi-lo o liberam para
ir para casa na noite de 14 de julho. Inclusive, o major Edson disse que
cumprimentou Amarildo e entregou os documentos a ele".
O advogado João Tancredo explicou que se Amarildo tivesse ido para casa, pelo caminho apontado pelos militares, que leva à localidade conhecida como Dioneia, a câmera instalada 10 metros à frente teria registrado a presença do ajudante de pedreiro descendo as escadarias em direção à casa onde morava, e, de acordo com o advogado, não há imagens da vítima deixando a UPP. "Outras duas câmeras de segurança estavam desligadas ou queimadas, mas essa de acesso à Dioneia e a outra instalada no portão vermelho estavam funcionando e não mostram Amarildo deixando a unidade", disse.
Fonte: Agência Brasil