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Transgressão criminosa

Jornalista do Estadão é presa na Universidade Yale, nos EUA

Cláudia Trevisan foi algemada, mantida incomunicável dentro de um carro policial por quase cinco horas e autuada por "transgressão criminosa".

Da Redação

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Atualizado às 08:56

A correspondente do jornal O Estado de S. Paulo em Washington, Claudia Trevisan, foi detida e algemada em New Haven, nos EUA, enquanto aguardava o fim de palestra do ministro JB na Universidade Yale na última quinta-feira, 26. A jornalista, que está em Washington desde o fim de agosto e já trabalhou em Buenos Aires e Pequim, foi autuada por "transgressão criminosa".

Segundo relatou o Estadão, a jornalista cobriria a participação do ministro JB no "Seminário Constitucionalismo Global 2013". Ela afirmou que havia trocado e-mails com a assessora de imprensa da Escola de Direito da universidade, Janet Conroy, e ligado para o celular do próprio JB solicitando uma entrevista. Diante de negativa da assessora e recusa do ministro em falar com a imprensa, Claudia avisou que o aguardaria do lado de fora do Woolsey Hall, auditório onde seria realizado o seminário.

No horário do evento, às 14h30, Claudia adentrou a universidade, em local frequentado por estudantes, funcionários da universidade e turistas, e pediu informações a um policial, que solicitou seu endereço, telefone e passaporte. Eles se dirigiram ao lado de fora do prédio, e o policial teria se recusado a devolver o documento da jornalista, afirmando que sabia quem era ela e que teria sido avisada que não poderia ir até o local.

De acordo com o Estado de S. Paulo, ela, então, foi algemada e mantida incomunicável por uma hora em uma viatura policial até ser conduzida ao Departamento de Polícia da universidade, onde foi revistada e autorizada a fazer um telefonema depois de quase quatro horas, às 21h20.

O Estadão manifestou sua indignação à Universidade pela prisão arbitrária de sua correspondente e solicitou respostas sobre o episódio e acesso às imagens das câmeras de segurança do prédio. O caso foi acompanhado pelo Itamaraty, pela embaixada brasileira em Washington e pelo consulado em Hartford, Connecticut, que disponibilizou suporte jurídico à jornalista.

O matutino informou que a Universidade Yale emitiu nota afirmando que a polícia seguiu os procedimentos normais e a prisão da correspondente se deu por "invasão de propriedade", sem que ela fosse maltratada. Conforme o texto, "apesar de justificada a prisão por invasão, a universidade não planeja acionar a promotoria local para levar adiante a acusação" e, como todos os jornalistas, ela é bem-vinda em qualquer evento público em Yale e pode falar com quem desejar lhe conceder entrevista.

Confira a íntegra da nota divulgada pela Universidade.

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"Antes de chegar ao Campus da Universidade Yale no dia 26 de setembro para tentar entrevistar o ministro Barbosa, a sra. Trevisan já sabia que o Seminário Constitucionalismo Global ministrado por ele seria um evento privado, fechado para o público e para a imprensa. Ela invadiu a propriedade de Yale, entrou na Faculdade de Direito sem permissão e quis entrar em outro prédio onde os participantes do seminário estavam.

Quando ela foi questionada sobre o motivo pelo qual estava no prédio, ela afirmou que estava procurando um amigo com quem pretendia se encontrar. Ela foi presa por invasão de propriedade. A polícia seguiu os procedimentos normais, sem que a sra. Trevisan fosse maltratada. Apesar de justificada a prisão por invasão, a universidade não planeja acionar a promotoria local para levar adiante a acusação.

A Faculdade de Direito e a Universidade Yale acomodam milhares de jornalistas ao longo do ano para eventos públicos no campus e entrevistas com membros da comunidade de Yale e visitantes.

Assim como todos os jornalistas, a sra. Trevisan é bem-vinda para participar de qualquer evento público em Yale e falar com qualquer pessoa que desejar lhe conceder entrevista.

TOM CONROY, SECRETÁRIO DE IMPRENSA DA UNIVERSIDADE YALE"

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