O Poder Judiciário de Alagoas
TV Migalhas foi a Maceió conhecer o TJ que possui vara exclusiva para julgar o crime organizado.
Da Redação
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Atualizado em 3 de outubro de 2012 09:48
"Alagoas tem jóias tão caras
Que meus olhos
Não cansam de olhar"
Lourival Passos
Terra de ilustres como o escritor Graciliano Ramos, o músico Djavan, mestre Zumbi e o jurista Pontes de Miranda, a rica Alagoas, terra de mangues e lagoas, se desenvolveu e consolidou sua economia com base nos engenhos de cana-de-açúcar. Durante grande parte do período colonial, Alagoas pertenceu à capitania de Pernambuco, emancipando-se em 1817.
Apelidada de "Paraíso das Águas", Maceió é famosa por suas belezas naturais, que atraem milhares de turistas o ano todo. A capital é o centro industrial e comercial do Estado, exercendo forte influência na região. Com uma população de 936.608 habitantes, é a mais populosa de Alagoas e com a maior densidade demográfica do Nordeste.
Primeira cidade brasileira a ser eleita Capital Americana da Cultura, em 2002, Maceió destaca-se por sua cultura exuberante e diversificada, famosa por suas inúmeras manifestações folclóricas e festas populares. Alagoas é o Estado com maior número de folguedos, festas populares de caráter lúdico que ocorrem ao longo de todo o ano.
Ao lado da tradição festiva, Alagoas possui sérios problemas. Com elevados índices de criminalidade e pobreza, sua capital é a terceira mais violenta do mundo, segundo pesquisa divulgada pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal.
Sobre o tema, a desembargadora aposentada do TJ/AL Nelma Torres Padilha destacou a importância da criação da 17ª vara Criminal da Capital, exclusiva para julgar crime organizado. Iniciativa semelhante foi a criação do GECOC - Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas, do MP estadual, que tem apresentando resultados bastante expressivos, segundo o procurador-Geral de Justiça Eduardo Tavares Mendes.
Migalhas também ouviu o presidente da OAB/AL, Omar Coelho de Mello, e o defensor público Eduardo Antônio de Campos Lopes, para conhecer mais sobre a prestação jurisdicional no Estado.