Eliana Calmon participa de sua última sessão plenária no CNJ
"Saio com a consciência de dever cumprido. Fiz o que foi possível fazer", disse a ministra.
Da Redação
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Atualizado às 08:03
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon - que deixa o CNJ esta semana - se despediu dos colegas, na última sessão plenária à frente do cargo, fazendo uma avaliação positiva de sua gestão, iniciada em setembro de 2010. "Saio com a consciência de dever cumprido. Fiz o que foi possível fazer", disse.
A ministra atribuiu ao trabalho da Corregedoria e à parceria firmada com alguns tribunais as mudanças positivas observadas em parte do Poder Judiciário. "Vi tribunais saírem do chão e conseguiram se soerguer. Vi algumas corregedorias locais crescerem por um incentivo meu", afirmou. As transformações ocorridas nos TJs de TO, AM, MS e SP foram citadas por ela como exemplos de sucesso.
A corregedora reconheceu ter priorizado a missão profissional em relação à vida pessoal. "Eu não me enganei, eu já sabia: para se ser ético, não se pode ter uma vida cômoda. A minha vida nesses dois anos foi extremamente incômoda, mas eu me dispus a ser para fazer a meu alcance, humildemente", afirmou.
Da sua passagem pelo CNJ, revelou não guardar mágoas. "Não existe mágoa no meu coração porque eu sou feliz e quem é feliz não tem mágoas", concluiu. Eliana Calmon também pediu desculpas aos colegas "por algum desagrado, alguns maus modos. É uma questão de personalidade. No meu íntimo, sou muito afetiva e quero muito bem às pessoas", afirmou.
A Enfam - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados será o próximo destino da ministra. Após um mês de férias, ela dirigirá a instituição, cargo para o qual foi eleita pelos seus colegas do STJ.