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Investimento de multinacional reflete confiança do investidor estrangeiro

Da Redação

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

Atualizado às 09:27

Investimento de multinacional reflete confiança do investidor estrangeiro

 

A recente operação de aquisição do controle acionário da Mais Indústrias de Alimentos - fabricante da marca Sucos Mais - pela Coca-Cola, negócio que permitiu à multinacional estrear no mercado brasileiro de sucos prontos, reflete a manutenção da confiança dos investidores internacionais no setor produtivo brasileiro, segundo avalia o advogado Fernando Azevedo Sette, especialista com ampla experiência em assessoria a investimentos estrangeiros. Em conjunto com o sócio Luis Ricardo Miraglia, liderou a equipe do escritório Azevedo Sette Advogados responsável pela assessoria jurídica da Mais Indústrias de Alimentos na montagem da operação. Durante cinco meses de trabalho, a Azevedo Sette acompanhou e orientou todas as fases da negociação.

 

Embora a Coca-Cola tenha ingressado em um segmento de mercado novo para suas atividades no Brasil e considerando os investimentos que poderão ser feitos também na linha de produção da Sucos Mais, de acordo com o consultor "não houve fatores complicadores do ponto de vista jurídico, as negociações foram tranqüilas  e o resultado foi uma parceria bastante favorável, que inclusive manterá o antigo sócio na diretoria da empresa". A Coca-Cola ficou com 82% das ações com direito a voto e com 41% do capital total da Sucos Mais, atualmente detentora do segundo lugar no mercado brasileiro de sucos.

 

Com a economia forte e emitindo sinais de estabilidade, nem mesmo o clima de turbulência política chegou a inviabilizar os negócios estrangeiros no País, segundo Azevedo Sette. Desde o início deste ano, o escritório vem prestando consultoria jurídica a sete operações de grande porte que estão em andamento e envolvem investimento internacional no setor produtivo. "É evidente que esses investidores têm acompanhado com cuidado os desdobramentos da crise política, mas o fator decisivo para eles é a análise dos fundamentos econômicos do País, que continuam muito positivos".

 

O único tipo de contrato que pode ser prejudicado pelo clima de nervosismo em torno da situação política em 2005 é o de Parcerias Público-Privadas, as PPPs. "Embora a conjuntura política atual não seja favorável ao andamento dessa modalidade de contrato ainda neste ano, o mercado ainda aposta muito no sucesso das PPPs como a melhor alternativa para solucionar a necessidade de investimentos no setor de infra-estrutura", diz o consultor.

 

Afinado com a demanda do investidor por boas oportunidades do mercado de fusões, aquisições e parcerias, o advogado Ricardo Azevedo Sette, sócio diretor do escritório em São Paulo, acaba de lançar o Guia de Investimento no Brasil, livro com informações sobre os principais tópicos do processo de investimento no País para orientar empresários brasileiros e estrangeiros.

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