Após reunião com Eliana Calmon, Sartori afirma que documento do Coaf não é quebra de sigilo
O desembargador Ivan Sartori, presidente do TJ/SP, esteve ontem, 16, no CNJ, em visita protocolar à ministra Eliana Calmon, corregedora Nacional de Justiça. O presidente, além de entregar o convite para a solenidade de posse da direção e cúpula do TJ/SP, procurou mostrar à ministra que a Corte paulista está aberta e pronta a fazer qualquer investigação.
Da Redação
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Atualizado às 08:40
Encontro
Após reunião com Eliana Calmon, Sartori afirma que documento do Coaf não é quebra de sigilo
O desembargador Ivan Sartori, presidente do TJ/SP, esteve ontem, 16, no CNJ, em visita protocolar à ministra Eliana Calmon, corregedora Nacional de Justiça. O presidente, além de entregar o convite para a solenidade de posse da direção e cúpula do TJ/SP, procurou mostrar à ministra que a Corte paulista está aberta e pronta a fazer qualquer investigação.
Após reunião com a ministra Eliana Calmon, Sartori afirmou que teve acesso ao relatório do Coaf, sobre movimentações financeiras atípicas no Poder Judiciário, e que não houve quebra de sigilo bancário. Segundo ele, o relatório não contém nomes. "Por ali não teve quebra de sigilo", afirmou. "Não sei se há outros documentos, então não posso afirmar", ponderou.
Ivan Sartori defendeu um trabalho de cooperação entre tribunais e CNJ. "Se o tribunal não oferece colaboração, aí obviamente o CNJ deve agir por si só, de forma concorrente", explicou. Para ele, a atuação do CNJ deve ser subsidiária, ou seja, o conselho só deve agir em caso de omissão ou a pedido da corregedoria local.
O desembargador lembrou que o TJ/SP já instaurou procedimentos para apurar o recebimento de valores atípicos pelos magistrados, apontado no relatório do Coaf. "O que eu quero é que fique tudo muito claro para que saibamos o que está acontecendo. Eu acho que por ora não temos nada contra o tribunal de justiça de São Paulo. Entretanto vamos verificar, vamos abrir."
Ivan Sartori informou que o TJ está aberto para as apurações: "É um tribunal que se transformou em um tribunal transparente, e nós estamos dispostos a fornecer quaisquer informações".
A ministra Eliana Calmon reuniu-se também com o presidente e o corregedor do TJM/SP, desembargadores Orlando Eduardo Geraldi e Paulo Adibe Casseb, respectivamente. "Estivemos aqui para reforçar o aspecto de total transparência do tribunal", afirmou Geraldi. "Viemos reiterar que a nova gestão do tribunal segue a mesma linha (de transparência) e está à disposição da Corregedoria", acrescentou Casseb.