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Confusão entre aluna e professor de Direito do Mackenzie foi parar na grande rede

Uma discussão entre uma aluna e um professor da Faculdade de Direito do Mackenzie repercutiu nas redes sociais. Na última sexta-feira, uma estudante do quinto período resolveu abordar seu professor, o procurador Paulo Marco Ferreira Lima, para questionar seu método de ensino.

Da Redação

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Atualizado às 08:01


Sala de aula

Confusão entre aluna e professor de Direito do Mackenzie foi parar na grande rede

Uma discussão entre uma aluna e um professor da Faculdade de Direito do Mackenzie repercutiu nas redes sociais.

Na última sexta-feira, uma estudante do quinto período resolveu abordar seu professor, o procurador Paulo Marco Ferreira Lima, para questionar seu método de ensino.

A conversa evoluiu para uma discussão e o professor Lima fechou a porta da sala onde daria aula diante da aluna, que tentou forçá-la. O impasse da porta acirrou os ânimos e os seguranças foram chamados.

Segundo contou a aluna para a imprensa, o professor, evocando sua autoridade, ameaçou prendê-la. Já o procurador de Justiça diz que a ameaça de voz de prisão foi necessária porque a estudante passou de todos os limites.

Para Lima, a ameaça de prisão não configura abuso de autoridade, já que a jovem não chegou a ser presa. "Afirmar que foi abuso de autoridade é um crime de calúnia", declarou ao jornal Folha de S.Paulo.

Em nota publicada no Facebook (v. abaixo), o Centro Acadêmico repudiou a atitude do professor. Marco Antônio Ferreira Lima, irmão do professor, também docente do Mackenzie e promotor de Justiça, saiu em defesa de Paulo Marco na rede social. Nas publicações de Marco Antônio, ele diz ser "inaceitável" que a aluna tenha tecido "considerações raciais" acerca do irmão (v. abaixo).

Já em comunicado, o diretor-geral do C.A., Rodrigo Rangel, relata as circunstâncias apuradas na Faculdade. De acordo com ele, documento escrito pelo próprio professor Paulo Marco "nada trata sobre a questão de racismo" e que inexiste testemunha ocular que confirme a acusação feita pelo promotor Marco Antônio em seu perfil no Facebook.

Veja abaixo.

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Veja a primeira nota publicada pelo Centro Acadêmico.

Nota de Repúdio - Professor ameaça Aluna com Voz de Prisão.

por Rodrigo Rangel, segunda, 29 de agosto de 2011 às 00:20

O Centro Acadêmico João Mendes Júnior, órgão máximo de representação discente da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, vem, por meio de seu Diretor Geral, expor e requerer o que segue:

No último dia 26 de agosto, na entrada da sala dos professores do prédio 11, uma aluna do quinto semestre da matéria de Direito Penal III abordou o Professor Paulo Marco Ferreira Lima nas escadas, pois estava sentindo dificuldade nas aulas diante da metodologia adota pelo professor.

Foi quando, para surpresa dela e dos demais alunos ali presentes, que o professor mencionado ficou transtornado e disse que a aluna não tinha capacidade para avaliar sua aula, alegando que leciona há 20 anos e que era Promotor de Justiça.

Diante desta situação, a aluna foi em direção à sala do Coordenador do Curso, Professor Fabiano. Porém, o Professor Paulo Marco Ferreira Lima impediu seu ingresso na sala mandando os seguranças barrarem a aluna, pois, segundo ele, ela estava faltando com o respeito.

A aluna falou para os seguranças que quem estava faltando com respeito era o professor diante de tais atitudes. Nesse exato momento, o professor se dirigiu a aluna e se posicionou não mais como professor, e sim como Promotor de Justiça, gritando em voz alta que, se ela continuasse a falar, iria chamar a polícia e dar VOZ DE PRISÃO!

É INADMISSÍVEL tal postura por parte de um Professor. Dentro dos muros do Mackenzie a relação entre os acadêmicos é de Aluno/Professor e não de aluno e autoridade pública. Não podemos permitir este tipo de comportamento daqueles que acreditam estar na atividade pública durante 24 horas ao dia.

Ameaçar um aluno com voz de prisão mostra o quanto é incapaz tal "autoridade" ser professor de Direito em nossa Faculdade, não tendo o mínimo respeito com nós Mackenzistas e desconhecendo, inclusive, normas básicas de Direito Penal. Se posicionar diante dos alunos como autoridade pública mostra justamente a insuficiência de autoridade do professor diante de seus alunos.

Em um país de 'Doutores', em que qualquer um se acha acima da lei, não podemos permitir que em nossa Faculdade, um ambiente exclusivamente acadêmico, pessoas desse tipo continuem a desrespeitar nossa Constituição, em uma perfeita cena de ABUSO DE AUTORIDADE!

Desta forma, o Centro Acadêmico João Mendes Júnior, entidade máxima de representação discente da Faculdade de Direito, REQUISITA UM PEDIDO FORMAL DE DESCULPA DO PROFESSOR PAULO MARCO FERREIRA LIMA, bem como requer que sejam tomadas as devidas providências por parte da Faculdade, diante do constrangimento sofrido pela referida aluna, pelos os alunos que presenciaram a cena e por todos nós, acadêmicos, que estamos à mercê de tal atitude LAMENTÁVEL!

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Rodrigo Rangel

Diretor Geral do Centro Acadêmico João Mendes Jr.

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Veja a nota publicada pelo C.A. com as explicações do Professor Paulo.

Nota - Esclarecimentos do Professor Paulo Marco Ferreira Lima.

por Rodrigo Rangel, segunda, 29 de agosto de 2011 às 17:45

Conforme o divulgado na nota de repúdio na data de hoje (29 de agosto), em detrimento de uma discussão nos corredores entre uma aluna do 5º semestre e o Professor Paulo Marco Ferreira Lima, ânimos alterados levaram a uma ameaça de voz de prisão.

Tal fato por si próprio é lamentável, independente da postura da aluna; dentro de um ambiente acadêmico deve-se controlar a situação com a autoridade que é atribuída pela atividade que aqui é exercida, a de professor.

O Centro Acadêmico repudia toda e qualquer forma de imposição autoritária com o aluno, sendo que se o aluno se mostrar de forma desrespeitosa, as devidas medidas administrativas deverão ser tomadas.

O que muito nos felicita, é que diante da nota divulgada hoje pelos meios eletrônicos, o próprio Professor Paulo Marco Ferreira Lima, procurou o Centro Acadêmico para expor sua versão e solucionar os acontecimentos.

Segundo o professor, a aluna o abordou nas escadas do prédio 11 com argumentos ofensivos à sua metodologia utilizada em aula e persistindo mesmo diante dos avisos dados.

Diante de uma grosseria maior e sem fim, se viu obrigado a utilizar de outros meios, pois nem mesmo os seguranças conseguiram resolver. Foi nesta hora que a aluna foi advertida que naquele momento o professor estava na posição de

Procurador de Justiça, para tentar dar um fim ao tumulto que se generalizou.

Entendemos que todos nós possuímos problemas e aflições fora dos muros do Mackenzie, mas que de forma involuntária acabamos trazendo para dentro da Faculdade e que em situações de alteração de ânimos, podem vir acontecer atitudes desmedidas.

O Centro Acadêmico João Mendes Júnior reitera o seu repúdio aos atos abusivos praticados dentro da universidade. Da mesma forma como foi dada a oportunidade da aluna ofendida se manifestar, demos aqui a oportunidade ao Professor Paulo Marco Ferreira Lima.

O objetivo dessa entidade, que era a retratação por parte dos envolvidos, felizmente foi obtido. As medidas cabíveis perante a Faculdade já foram feitas segundo o próprio professor, no qual ele e a aluna já se manifestaram com a direção, bem como a explicação do ocorrido pelas as duas partes aos acadêmicos.

Lamentamos o ocorrido e esperamos não ver mais tais posturas, independentemente do motivo, com boa ou má intenção. A situação ocorrida neste fatídico dia, segundo o professor e a representante da sala da qual a matéria foi discutida, não corresponde ao comportamento do professor, sendo um fato isolado e infeliz.

O CAJMJr reafirma o compromisso de evitar que tais situações se perpetuem pelo corpo docente, como fica à disposição dos alunos para eventuais dúvidas e reclamações.

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Rodrigo Rangel

Diretor Geral do Centro Acadêmico João Mendes Jr.

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