Comemora-se hoje, 25 de janeiro, o Dia Nacional da Bossa Nova
Há 53 anos, o baiano João Gilberto gravava a canção "Chega de Saudade", de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes. Quatro anos mais tarde, a mistura de samba com influências do jazz americano chegava a mais importante casa de espetáculos do mundo, o Carnegie Hall, em Nova York. Era a Bossa Nova garantindo seu lugar na história da música.
Da Redação
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Atualizado às 08:22
Chega de saudade
Comemora-se hoje, 25 de janeiro, o Dia Nacional da Bossa Nova
Há 53 anos, o baiano João Gilberto gravava a canção "Chega de Saudade", de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes. Quatro anos mais tarde, a mistura de samba com influências do jazz americano chegava a mais importante casa de espetáculos do mundo, o Carnegie Hall, em Nova York. Era a Bossa Nova garantindo seu lugar na história da música.
Para homenagear um dos movimentos culturais mais importantes da história do país, o Congresso aprovou em março de 2009 projeto (que resultou na lei 11.926, de 17 de abril de 2009 - clique aqui) instituindo o Dia Nacional da Bossa Nova, a ser celebrado no dia 25 de janeiro. A data coincide com o aniversário de um de seus principais expoentes, o maestro Tom Jobim.
Surgida nos bares e apartamentos de Copacabana, a Bossa Nova garantiu à música popular brasileira projeção internacional. Um de seus maiores clássicos, Garota de Ipanema, de Tom e Vinicius, é até hoje uma das canções mais executadas e regravadas em todo o mundo. Além de Tom, Vinicius e João Gilberto, foi marcante no movimento a participação de Carlos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Marcos Valle, Dori Caymmi, Edu Lobo, Francis Hime, Carlos Lyra, Nara Leão, Baden Powel, entre outros.
Antonio Carlos Jobim, o homenageado, nasceu no Rio de Janeiro em 1927. Encontrou em Vinicius de Morais, o "poetinha", um de seus parceiros mais constantes, a partir da trilha sonora da peça Orfeu da Conceição, de 1956. Suas composições foram gravadas pelos maiores intérpretes brasileiros do seu tempo. Em 1967, gravou um LP com o norte-americano Frank Sinatra. No piano, produziu algumas das mais belas obras do cancioneiro nacional, como Águas de Março e Passarim, até sua morte, em 1994.
O trecho a seguir se encontra no livro A Onda que se Ergueu no Mar, sobre a história da Bossa Nova, do jornalista e crítico musical Ruy Castro.
"Todas as vezes que Tom abriu o piano, o mundo melhorou. Mesmo que por poucos minutos, tornou-se um mundo mais harmônico, melódico e poético. Todas as desgraças individuais ou coletivas pareciam menores porque, naquele momento, havia um homem dedicando-se a produzir beleza. O que resultasse de seu gesto de abrir o piano - uma nota, um acorde, uma canção - vinha tão carregado de excelência, sensibilidade e sabedoria que, expostos à sua criação, todos nós, seus ouvintes, também melhorávamos como seres humanos."
Já que hoje também é aniversário de São Paulo, vale lembrar a música que Tomem homenagem à metrópole paulista, confira abaixo a letra.
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Te amo São Paulo
Tom Jobim
Composição: Antonio Carlos JobimSão Paulo, te amo
Te amo, São Paulo
Na tarde tão fria
Busquei teu calor,
teu amor em São Paulo
São Paulo, te amo
Pasión de mi vida
I love you, querida
Je t'aime São Paulo
Io ti amo São Paulo
I love you
Te amo, São Paulo
Te amo
Te adoro, te adoro
São Paulo, São Paulo,
São Paulo
Laiala laia la
Sonhei com você
em São Paulo
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Fonte : Agência Senado
Arte : Demys Brandão
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