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Advogado comenta sobre os serviços online bancários e as fraudes eletrônicas

O setor bancário nacional foi o primeiro segmento da economia que percebeu as vantagens de prestar serviços por meio eletrônico. Apesar do crescente número de fraudes e golpes via web, os bancos não têm poupado esforços para fixar uma relação de confiança com o objetivo de atrair o maior número possível de pessoas para serviços online. Esta é a opinião do advogado Alexandre Atheniense, especialista em tecnologia da informação e crimes cibernéticos do escritório Aristoteles Atheniense Advogados.

Da Redação

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Atualizado às 14:46

Serviços online

Advogado comenta sobre os serviços online bancários e as fraudes eletrônicas

O setor bancário nacional foi o primeiro segmento da economia que percebeu as vantagens de prestar serviços por meio eletrônico. Apesar do crescente número de fraudes e golpes via web, os bancos não têm poupado esforços para fixar uma relação de confiança com o objetivo de atrair o maior número possível de pessoas para serviços online. Esta é a opinião do advogado Alexandre Atheniense, especialista em tecnologia da informação e crimes cibernéticos do escritório Aristoteles Atheniense Advogados.

De acordo com Atheniense, o prejuízo gerado pelas fraudes eletrônicas vem sendo muito bem contingenciado pelos bancos, mesmo sem a adoção de leis que possam tipificar os ilícitos, que surgiram após a adoção de sistemas informatizados, e de uma eficiente punição para os infratores. "Não há indício de qualquer desestímulo para que mais serviços bancários sejam oferecidos por meio eletrônico, pois o que se economiza a cada transação bancária efetuada pela internet em detrimento do atendimento presencial no caixa do banco é superior a 80%", afirma Atheniense.

"Por este motivo é que, embora os prejuízos gerados a partir das fraudes sejam significativos, não são tão relevantes se comparados com o significante valor das transações que atualmente são efetuadas por meio eletrônico", salienta Atheniense. Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o volume de fraudes eletrônicas é de aproximadamente R$ 900 milhões anuais, apenas 0,01% dos R$ 9 bilhões em transações bancárias realizadas todos os anos.

Parceria

Para Atheniense, a parceria entre a Febraban e a Polícia Federal, para o enfrentamento dos incidentes de fraudes eletrônicas, pode resultar em soluções mais rápidas, muitas vezes à margem da adoção de medidas judiciais, entretanto, não representa a perda de relevância para motivar que o projeto de cibercrimes seja aprovado o quanto antes pelo governo. "Estas parcerias podem ser úteis na fase do inquérito quanto a obtenção e preservação das provas, mas sem uma lei que possa punir as fraudes de forma exemplar, os fraudadores e estelionatários eletrônicos continuarão encontrando um terreno fértil para aumentar os ilícitos sem qualquer punição", completa.

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