Baú migalheiro - Cândido de Araújo Viana
Há 271 anos, no dia 14 de setembro de 1739, nasceu em Sabará/MG o Marquês de Sapucaí, Cândido de Araújo Viana. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi senador, conselheiro de Estado, pertenceu ao Conselho do Imperador e foi também ministro do Supremo Tribunal de Justiça.
Da Redação
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Atualizado em 14 de setembro de 2010 14:47
Baú migalheiro
Há 217 anos, no dia 15 de setembro de 1793, nasceu em Sabará/MG o Marquês de Sapucaí, Cândido de Araújo Viana. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi senador, conselheiro de Estado, pertenceu ao Conselho do Imperador e foi também ministro do Supremo Tribunal de Justiça.
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Cândido José de Araujo Viana (Marquês de Sapucaí), filho legítimo do capitão-mor Manoel de Araujo da Cunha e de d. Mariana Clara da Cunha, nasceu em Congonhas de Sabará, a 15 de setembro de 1793.
Foi provido pelo conde de Palma, governador e Capitão-General da capitania de Minas Gerais, no posto de 2º ajudante das ordenanças do termo da vila de Sabará. O Príncipe Regente D. João confirmou esse ato, assinando a respectiva patente, em 9 de fevereiro de 1815.
Estudou preparatórios em sua terra natal e, seguindo para Portugal, matriculou-se, a 15 de outubro de 1815, na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, recebendo o grau de Bacharel, a 9 de junho de 1821.
Regressando ao Brasil, foi nomeado juíz de Fora da cidade de Mariana, em decreto de 19 de dezembro de 1821, e provedor da Fazenda dos Defuntos e Ausentes, Resíduos e Capelas da mesma cidade, em alvará de 23 de março do ano seguinte.
Em decreto de 27 de novembro de 1823, foi reconduzido aos referidos lugares.
Foi nomeado desembargador da Relação de Pernambuco, em decreto de 12 de outubro de 1826, da Relação da Bahia, em decreto de 4 de outubro de 1832, e ministro do Supremo Tribunal de Justiça, em decreto de 25 de outubro de 1849, na vaga ocorrida com a aposentadoria de José Bernardo de Figueiredo ; tomou posse a 30 do aludido mês.
O governo imperial resolveu aproveitar os serviços de Araujo Viana na presidência da província de Alagoas, em decreto de 13 de outubro de 1826, e na do Maranhão, em decreto de 17 de setembro de 1828.
Foi ministro de Estado, no gabinete de 3 de setembro de 1832, das pastas da Justiça e da Fazenda e, no Gabinete de 23 de março de 1841, da pasta do Império.
Araujo Viana foi deputado pela província de Minas Gerais à Constituinte em 1823, 1ª legislatura (1826-1829), 2ª legislatura (1830-1833), 3ª legislatura (1834-1837), e 4ª legislatura (1838-1839). Exerceu o cargo de senador pela mesma província de 1840 a 1875, havendo presidido o Senado de 4 de janeiro de 1851 a 7 de maio de 1854.
Foi agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo, em decreto de 12 de outubro de 1826, de Oficial da Ordem do Cruzeiro, em decreto de 23 de outubro de 1829, título do Conselho, em 29 de janeiro de 1833, Dignitário da Ordem do Cruzeiro, em 14 de março de 1860, os títulos de Visconde com grandeza, por decreto de 2 de dezembro de 1854, e Marquês, por decreto de 15 de outubro de 1872.
Foi igualmente agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Torre e Espada, de Portugal, e das Ordens de S. Januário, de Nápoles, e Ernestina, da Casa Ducal da Saxônia.
Em 11 de janeiro de 1839, foi nomeado mestre de literatura e de ciências positivas de D. Pedro II e de suas irmãs. Mais tarde, foi escolhido pelo Imperador para mestre de suas filhas, as Princesas Leopoldina e Isabel. Foi autor do soneto "Saudades de minha filha", considerado um dos mais belos da língua portuguesa.
A 12 de dezembro de 1864, foi nomeado para servir de testemunha, por parte do Imperador, no casamento da Princesa Leopoldina com o Duque de Saxe.
Em decreto de 14 de setembro de 1850, foi nomeado Conselheiro de Estado extraordinário, passando a ordinário, em decreto de 20 de agosto de 1859.
Araujo Viana foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tendo sido seu presidente por mais de trinta anos.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de janeiro de 1875, e foi sepultado no Cemitério da Ordem de São Francisco de Paula, em Catumbi.
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