Justiça sem Papel
O projeto recebeu 92 inscrições
Da Redação
quinta-feira, 14 de abril de 2005
Atualizado em 13 de abril de 2005 12:16
Fundo Justiça sem Papel recebe 92 inscrições
O Projeto Justiça sem Papel recebeu de magistrados, acadêmicos, promotores e procuradores 92 inscrições com propostas de desenvolvimento de tecnologias para modernizar o Poder Judiciário brasileiro. Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Reforma do Judiciário, e pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, o Justiça Sem Papel visa facilitar o acesso à Justiça, reduzir custos e difundir a aplicação de novas tecnologias entre os tribunais. A inscrição de projetos foi encerrada no último dia 31.
O projeto Justiça Sem Papel, que conta com o apoio da Souza Cruz, tem três frentes de ação, entre as quais o Fundo Justiça Sem Papel, que oferece recursos de R$ 1,5 milhão para financiar projetos de modernização da Justiça, a serem escolhidos entre os inscritos. Cada um deles poderá receber até R$ 300 mil.
Foram recebidas propostas de 20 estados brasileiros. Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro apresentaram o maior número de projetos, 15 cada. Em seguida vêm São Paulo (12), Pernambuco (6), Paraná (5), Amazonas e Distrito Federal (4).
Entre os inscritos, há três projetos apresentados por membros do Ministério Público e três por procuradores, além de nove propostas de universidades. Magistrados e serventuários respondem por 61% dos inscritos. Todas as propostas passarão agora por uma primeira triagem, para verificar se estão adequadas às regras estabelecidas e, em seguida, serão encaminhadas à comissão julgadora.
Nesta primeira triagem , o Comitê Executivo do Fundo Justiça Sem Papel dividiu em 14 temas as propostas analisadas. São eles:
-
Análise de dados
-
Comunicação
-
Desenvolvimento
-
Digitalização
-
Educação
-
Gestão de gabinetes
-
Interoperação/ Padronização< /font>
-
Juizados Virtuais
-
Justiça Digital
-
Organização de Jurisprudência
-
Outros
-
Peticionamento Eletrônico
-
Videoconferência
-
Workflow
A tabela a seguir mostra a quantidade de projetos inscritos em cada um dos temas citados:
TEMA |
QUANTIDADE DE PROPOSTAS |
Análise de dados |
2 |
Comunicação |
10 |
Desenvolvimento |
1 |
Digitalização |
1 |
Educação |
8 |
Gestão de Gabinetes |
4 |
Interoperação/ Padronização |
4 |
Juizados Virtuais |
7 |
Justiça Digital |
19 |
Organização de Jurisprudência |
2 |
Outros |
18 |
Peticionamento Eletrônico |
7 |
Videoconferência |
5 |
Workflow |
4 |
O secretário de Reforma do Judiciário, Sérgio Renault, destaca a importância do Fundo Justiça do Papel. "A informática é a principal ferramenta de modernização do Poder Judiciário. Com ela, nós poderemos prestar mais e melhores serviços à população", diz. Renault ressalta ainda que uma Justiça mais ágil e eficiente é de interesse de todos. "Existe por parte da iniciativa privada uma grande preocupação com a lentidão do Judiciário, fator que eleva o risco Brasil e afugenta investidores estrangeiros do país".
Segundo o juiz Elton Leme, professor coordenador do Centro de Justiça e Sociedade da FGV DIREITO RIO, "o número relevante de inscrições dos mais variados segmentos ligados à Justiça brasileira indica a importância e o impacto que o Fundo representa e revela a carência de fomento das áreas ligadas à tecnologia e especialmente à informatização do Poder Judiciário".
A análise dos projetos considerará, principalmente, os benefícios que seu desenvolvimento poderá gerar para a transparência dos procedimentos jurisdicionais, para a celeridade processual e melhor gestão das informações pertinentes. Também são fatores relevantes a facilidade de adaptação para outros tribunais, o baixo custo de implantação e desenvolvimento e a facilidade de integração com outros sistemas já existentes ou a serem desenvolvidos.
Mais informações, clique aqui.