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Lançamento da obra "A história da mitologia judaico-cristã"

Hoje, a Editora Noeses lança a obra "A história da mitologia judaico-cristã", do renomado advogado Sacha Calmon Navarro Coêlho. O evento será às 19h30, em São Paulo/SP (rua Bahia, 1.282), junto com a inauguração da Casa de Estudos que abrigará a sede da Editora e o Instituto Brasileiro de Estudos Tributários - IBET, presididos por Paulo de Barros Carvalho.

Da Redação

quinta-feira, 25 de março de 2010

Atualizado às 07:29


Lançamento

Obra será lançada junto com inauguração da Casa de Estudos que abrigará a Editora Noeses

A Editora Noeses lança hoje o livro "A história da mitologia judaico-cristã", de Sacha Calmon Navarro Coêlho. O evento será às 19h30, em São Paulo/SP (rua Bahia, 1.282), junto com a inauguração da Casa de Estudos que abrigará a sede da Editora e o Instituto Brasileiro de Estudos Tributários - IBET, ambos presididos por Paulo de Barros Carvalho.

Sobre a obra :

Como e por que surgem os mitos que embasam o que se convencionou chamar de "civilização judaico-cristã" ou, simplesmente, "civilização ocidental". Esse tema, que intriga a mente humana há mais de cinco mil anos, é analisado nas quase 600 páginas do livro "A história da mitologia judaico-cristã", editado pela Editora Noeses e de autoria do renomado advogado Sacha Calmon Navarro Coêlho.

Uma preocupação com a aflição das pessoas diante do pós-morte e o terrível medo do inferno e de demônios, aliado a uma vida de leitura de textos sobre Direito, Religião e História, levou Sacha Calmon a organizar um livro movimentando e interligando autores consagrados de modo a formar um conjunto interdisciplinar coerente. Em dez anos de pesquisa, o advogado percorreu o pensamento de 30 conhecidos estudiosos de Filosofia, História, Psicologia, Religião e Ética. Telhard de Chardi, Morgan, Jack Miles e Karen Armstrong são os mais citados.

Entre as conclusões do trabalho de Sacha Calmon está a de que "o Direito nasceu da religião e que a religião nos promete um final jurídico reles, ou seja, um julgamento em que seremos culpados ou inocentados e após o que viveremos eternamente no céu é no inferno". Para o autor, "trata-se de um dualismo maniqueísta e perverso, indigno da 'imensa bondade de um Deus minimamente justo'. A condição humana já é por si só complexa. Tamanho castigo nem o homem imagina para os seus semelhantes".

E conclui: "precisamos cultuar desde a infância a não-violência, a solidariedade, a compaixão, a humildade, a coragem e o perdão, como quiseram Buda e Jesus. Uma sociedade religiosamente não-opressora, que não nos ameace com castigos virá na segunda etapa da civilização".

Nas quase 600 páginas de sua obra, Sacha Calmo visita assuntos polêmicos, como a oposição entre a criação do homem já adulto e sexuado, sem pai nem mãe, ao processo de evolução das espécies - neste trecho, o narrador é o jesuíta Teilhard de Chardin. O autor também passa pelo evolução da espécie humana, que percorre 100 mil anos segundo estudos de Morgan, antropólogo americano - são 70 mil anos de selvageria, 20 mil anos de barbárie e 10 mil anos de civilização, que coincidem com o pastoreio, o sedentarismo e a agricultura às margens das bacias dos grandes rios (China, Índia, Mesopotâmia, Nilo). Segundo Calmon, "é uma história diversa da contada pela bíblia, com Gênesis, Noé, os patriarcas e o êxodo. Para a tradição judaico-cristã, desde Adão até hoje se passaram 5.800 anos, se tanto. Mas mesmo a pré-história bíblica é falsa. Abraão não podia ter camelos introduzidos na região 900 anos antes de Cristo. Testes a carbono de ossos de camelo provam a assertiva".

Além da Bíblia, a obra de Calmon também aborda questões relacionadas à Tora, o livro sagrado dos judeus, chegando inclusive aos tempos modernos. O advogado explica que "dois autores judeus alegam que a Torá foi escrita por Josias em 640 AC. Nunca houve Israel no Egito e nem aconteceu o êxodo. A arqueologia prova que Jericó nunca teve muralhas (...) É curioso notar que depois do mito da fuga do Egito e das conquistas de Josué, o povo de Javé não venceu nenhuma guerra. Perderam para egípcios, assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, bizantinos, árabes, islâmicos, turcos otonanos, até a recriação pelo ONU de Israel. Como se explica um Deus tão poderoso e milagroso e depois tão imprestável? É a força do mito".

Outras controvérsias são apontadas pelo autor, que em determinado momento conclui: "Em suma o Direito e a Religião são técnicas de controle social que falam em virtudes mas dominam pela inflição de ameaças, penas e castigos".

Sobre o autor :

Sacha Calmon Navarro Coêlho é advogado, sócio titular do escritório Sacha Calmon - Misabel Derzi Consultores e Advogados. É professor-titular de Direito Financeiro e Tributário da UFRJ; professor da UFMG. É ainda ex-juiz federal, tendo passado em 1º lugar entre 1726 candidatos em 1986. É doutor em Direito Público, presidente honorário da ABRADT - Associação Brasileira de Direito Tributário, presidente da ABDF - Associação Brasileira de Direito Financeiro, que representa a IFA - International Fiscal Association e da Academia Internacional de Direito e Economia, sediada no Rio.

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