Controle de Riscos de Derivativos

Cristina de Andrade Salvador*

Apesar de notório que o uso dos derivativos, quando bem empregado, auxilia a distribuição do risco entre os diversos players do mercado, uma vez que possibilita às empresas comprarem proteção contra variação de um determinado ativo e/ou índice, é certo que muitas empresas sofreram grandes perda, principalmente no último trimestre.

Sendo assim, já foi dado o passo inicial para um projeto de uma central de risco de derivativos, ou seja, migrar de uma central de créditos e, portanto, várias Associações, o próprio Banco Central e a Comissões de Valores Mobiliários estão reunidos para regular a divulgação de informações sobre negociações das empresas com derivativos, objetivando que os participantes do mercado avaliem os riscos consolidados.

A criação de uma central de riscos buscaria oferecer informações, tais como, posições de empresas por indexador (juro, câmbio e commodites); as posições compradas, vendidas e livres, inclusive ao longo do tempo.

Ademais, deve-se discutir a questão do valor pela qual as posições serão registradas, como também o do sigilo bancário.

A orientação atual é para que os Bancos que realizam operações de derivativos já enviem os valores de mercado de seus próprios clientes para a Cetip S.A - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos.

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*Sócia do escritório Miguel Neto Advogados Associados

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