Oportunidade ou presságio: Como ACI pode mudar a advocacia no Brasil

É certo que o cenário jurídico no Brasil tem passado por mudanças profundas nos últimos anos. Porém, talvez uma das mais significativas para advogados tributaristas e empresariais esteja se desenrolando quase sem alarde: Refiro-me ao crescente campo do crédito internacional e, mais especificamente, à formação de Agentes de Crédito Internacional.

Durante minhas atividades rotineiras na redação, fui impactado por uma sugestão de pauta que versava sobre o tema da criação do Fórum Técnico ACI, ministrada por Luciano Bravo, já amplamente conhecido pela mídia nacional como 'mentor do crédito internacional', sendo o primeiro curso focado neste segmento, que pode pode ser um divisor de águas para muitos advogados.

Antes que você pense que estou apenas promovendo uma nova tendência ou modismo, me permita apresentar minha reflexão: esse movimento pode, de fato, representar uma mudança estrutural na forma como advogados e empresas se relacionam com o crédito e a internacionalização.

Para aqueles que ainda não estão familiarizados com o tema, o crédito internacional, conforme regulamentado pela Lei 4.131/62, permite que empresas brasileiras captem recursos no exterior e os tragam para o Brasil sem a incidência de impostos. Uma vantagem fiscal considerável em um cenário econômico muitas vezes volátil. O que talvez não seja tão amplamente discutido é o papel fundamental que os advogados podem - e deveriam - desempenhar nesse processo. Não se trata apenas de entender o lado jurídico da operação, mas de ir além, facilitando a estruturação dessas operações para empresas brasileiras.

A verdade é que muitos advogados - especialmente aqueles especializados em tributação e direito empresarial - já têm uma relação de confiança com seus clientes empresariais. Eles são consultados para todas as questões legais mais críticas. Mas, em muitos casos, o advogado ainda fica limitado ao papel de "resolvedor de problemas", sem explorar toda a gama de possibilidades estratégicas que poderia oferecer. O Fórum Técnico ACI surge, então, como um chamado para aqueles advogados que desejam agregar um valor real aos seus serviços: não apenas como consultores legais, mas como facilitadores de crescimento financeiro internacional.

Durante uma aprofundada pesquisa, pudemos perceber que se trata da única ferramenta, em toda a América Latina, cujo objetivo é capacitar profissionais para atuarem especificamente com captação de recursos financeiros internacionais, por isso, a importância desse Fórum vai muito além do aprendizado de uma nova área técnica. Trata-se de uma oportunidade para o advogado sair da sua zona de conforto e ampliar sua atuação para um campo ainda em grande parte desconhecido por muitos. No fundo, trata-se de enxergar uma oportunidade antes de outros, posicionando-se como um diferencial competitivo em um mercado que, até pouco tempo atrás, estava restrito apenas a grandes bancos e consultorias financeiras.

Advogados tributaristas e empresariais, por exemplo, têm tudo a ganhar ao entender o funcionamento do crédito internacional, porque já lidam com empresas que, muitas vezes, buscam formas de financiamento para expansão, mas não sabem como acessar recursos de forma eficiente e legal. Conhecer a fundo o processo de captação de crédito no exterior não só vai enriquecer o portfólio do advogado, mas também pode ser a chave para atrair novos clientes ou até fidelizar ainda mais aqueles que já estão sob sua orientação jurídica.

Em um momento em que o mercado jurídico está saturado de especializações tradicionais, é imperativo que os advogados se reinventem. O crédito internacional é uma dessas portas de entrada. Ele oferece aos advogados uma forma de se envolver com o processo de crescimento das empresas de seus clientes, não apenas como consultores que resolvem questões fiscais, mas como estrategistas que trazem soluções completas para as necessidades de expansão e financiamento internacional.

Concluindo, o Fórum Técnico ACI não deve ser visto como uma modinha passageira, mas como uma mudança de paradigma para a profissão. A questão agora é: você está pronto para entrar nessa nova fronteira e se posicionar como um agente de transformação na advocacia brasileira?

______

https://lp.inteligenciacomercial.com/forum-tecnico