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A gravíssima perseguição aos cristãos pelo mundo

A perseguição religiosa aos cristãos é uma realidade grave em várias partes do mundo, com relatos da ACN sobre violência, tortura e discriminação, especialmente no Oriente Médio, Ásia e África.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Atualizado em 14 de fevereiro de 2025 08:59

No art. XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos, está previsto que "todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião: este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou coletivamente, em público ou em particular".

Vivemos num Brasil majoritariamente cristão (católico e evangélico), que também possui diversas religiões de matiz africana e outras manifestações religiosas. O fenômeno da perseguição religiosa está presente no mundo todo, seja na forma velada, seja por meio do preconceito, ou mesmo pela violência acirrada.

O que nosso país praticamente desconhece é uma realidade de perseguição aos cristãos pelo mundo que viola frontalmente tal direito fundamental insculpido no preâmbulo deste texto. Chegou ao meu conhecimento a existência de observatórios civis e de diversas Igrejas, que monitoram de forma documentada e técnica diversas afrontas aos direitos humanos que são concretizadas por meio de perseguição ferrenha a cristãos, pelo simples fato de serem cristãos, pelo globo afora. Eu não tinha ideia de que a situação era tão grave.

Tomemos por exemplo a ACN - Ajuda à Igreja Que Sofre (Aid to the Church in Need), que, como o próprio site diz, é uma Fundação Pontifícia (da Igreja Católica, portanto) que apoia projetos pastorais da Igreja no mundo todo. Ela é também conhecida no Brasil como 'Ajuda à Igreja que Sofre', AIS ou "até mesmo por seu antigo nome em alemão, Kirche in Not. A sigla atual, adotada mundialmente em 2016, vem do inglês, Aid to the Church in Need. O nome ACN reflete sua missão: apoiar projetos da Igreja em locais de extrema necessidade ou de perseguição".

A ACN emite relatórios periódicos sobre os temas da perseguição religiosa, liberdade religiosa, pessoas presas e torturadas por serem cristãs ou católicas, e até mesmo um relatório sobre as mulheres que são violentadas somente por professarem a fé em Cristo.

Em nosso país, não é demais repetir, em comparação com tais abusos cometidos na maior parte das vezes em países do Oriente Médio, Ásia e África, as pessoas, até mesmo no meio jurídico, desconhecem a gravidade das situações de perseguição aos cristãos. Aqui há também perseguições, por vezes discretas se comparadas às existentes em outros continentes, mas existe aqui o preconceito contra os cristãos, a que me referi em meu artigo publicado no Jus Navegandi anos atrás1, e que vem aumentando por meio das mídias sociais".

Num dos relatos, referente ao documento do triênio de 2022/2024, vemos que mais de 300 cristãos nigerianos foram massacrados na noite de Natal. É apenas um dos exemplos, dentre tantos outros detalhados, oriundos de diversos países.

Este fato mostra que Jesus estava certo quando disse, conforme está no evangelho de Mateus 10, versículo 22: "Sereis odiados por todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo".

Que nossas ações convirjam para que esse tipo de perseguição jamais tenha espaço em nosso país.

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1 https://jus.com.br/artigos/13962/preconceito-no-seculo-xxi-uma-analise-critica

2 https://www.acn.org.br/relatorio-sobre-os-cristaos-perseguidos/

Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

Sócio de Gueller e Vidutto Sociedade de Advogados. Presidente da Comissão de Direito Natural e das Relações Sociais da 116ª Subseção da OAB/SP.

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