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iESGo: Governança Sustentável e Eficiência na Gestão Pública

O iESGo 2024 inova ao integrar governança, sustentabilidade e responsabilidade social, alinhando práticas públicas e privadas aos padrões ESG e ODS.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Atualizado em 7 de janeiro de 2025 14:13

A gestão pública, alinhada aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, dispostos no art. 37 da Constituição Federal, é essencial para promover o desenvolvimento sustentável e adotar as melhores práticas esperadas do setor público.

Nesse contexto, o aperfeiçoamento da governança pública tem sido alvo de estudos contínuos e iniciativas estratégicas. Destaca-se o papel do TCU - Tribunal de Contas da União, que, em 2014, criou o iGG - Índice de Governança e Gestão como uma ferramenta de referência para medir e fortalecer a maturidade da governança pública no Brasil.

Atualmente, com a crescente importância dos princípios ESG - Environmental, Social, and Governance, é fundamental que as ferramentas de avaliação e monitoramento considerem critérios de sustentabilidade ambiental e social, além da governança. Atendendo a essa necessidade, em 2024, o Índice de Governança e Gestão passou a se chamar iESGo - Índice de Eficiência e Sustentabilidade na Governança Organizacional. Essa atualização incorporou indicadores de avaliação das dimensões social e ambiental, alinhando o índice às melhores práticas e aos padrões internacionais de governança.

Embora o tema seja antigo, ele representa uma evolução contínua, como demonstrado pela Lei de Licitações e Contratos Administrativos, sancionada em 1º de abril de 2021. Essa legislação reflete o compromisso da administração pública com critérios de desenvolvimento e proteção social e ambiental, reforçando o engajamento do Brasil como signatário dos ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e da Agenda 2030.

Com as mudanças significativas, o iESGo permite que as entidades públicas realizem uma autoavaliação ampla e detalhada, identificando o nível de maturidade em governança, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social. Além disso, oferece uma oportunidade de reflexão sobre os resultados obtidos e esperados, possibilitando a identificação de pontos de melhoria e o estabelecimento de metas claras e mensuráveis, baseadas nos resultados e na comparabilidade entre diferentes órgãos.

A adoção do iESGo 2024 não apenas promove melhorias na governança pública, mas também gera ganhos significativos em eficiência, responsabilidade socioambiental e reputação institucional. No setor público, a ferramenta incentiva práticas que asseguram maior transparência, otimização de recursos e alinhamento com os ODS. No setor privado, o índice funciona como uma referência para avaliar o desempenho corporativo, especialmente em questões ESG, consolidando-se como um importante instrumento estratégico, com adaptações específicas para cada setor.

Francisco Petros

Francisco Petros

Advogado, especializado em direito societário, compliance e governança corporativa. Também é economista e MBA. No mercado de capitais brasileiro dirigiu instituições financeiras e de administração de recursos. Foi vice-presidente e presidente da seção paulista da ABAMEC e Presidente do Comitê de Supervisão dos Analistas de Investimento. É membro do IASP e do Corpo de Árbitros da B3, a Bolsa Brasileira, Membro Consultor para a Comissão Especial de Mercado de Capitais da OAB - Nacional. Atua como conselheiro de administração de empresas de capital aberto e fechado.

Rosana Silva

Rosana Silva

Advogada no escritório Fernandes, Figueiredo, Françoso e Petros Advogados.

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