Medicamentos biossimilares: A chave para ampliação do acesso aos tratamentos

No mundo atual, vemos a medicina avançando rapidamente. Frequentemente, vemos notícias de novos medicamentos, de tratamentos inovadores e, o mais importante: as maiores chances de cura e/ou tratamento de doenças diversas.

Esse cenário de inovação e rápidos avanços começou a se materializar a partir da década de 1980, quando houve uma espécie de "revolução": o desenvolvimento dos medicamentos biológicos.

O que são medicamentos biológicos?

Diferentemente dos medicamentos chamados "sintéticos", feitos a partir de moléculas simples, com desenvolvimento em laboratórios, os medicamentos biológicos são aqueles que podem ser produzidos a partir de células vivas geneticamente modificadas, tecidos de origem animal, ou fluidos biológicos. Os medicamentos biológicos possuem estruturas complexas, diferenciando-se dos medicamentos sintéticos - estes, formados por moléculas simples.

Um grande exemplo dos medicamentos biológicos é a insulina, que transformou o tratamento da diabetes, tornando-o mais eficaz.

A tecnologia dos medicamentos biológicos expandiu-se para diversos tratamentos de doenças. Hoje, alguns dos medicamentos biológicos mais utilizados incluem trombolíticos (uso frequente em infartos e derrames), heparinas (uso em prevenção e tratamento de tromboembolismo, embolia pulmonar, etc.), anticorpos monoclonais (grande aplicação no tratamento de tumores), entre outros.

No entanto, apesar de seu impacto transformador, os medicamentos biológicos, de modo geral, têm um custo elevado e possuem patentes para a exclusividade de sua comercialização.

Porém. quando há a expiração da patente, surgem os biossimilares, medicamentos também capazes de revolucionar o acesso a tratamentos de doenças graves.

Mas... o que são medicamentos biossimilares? São os chamados "genéricos"?

Não! Os biossimilares não são medicamentos genéricos.

Os medicamentos biossimilares são os "irmãos gêmeos" de medicamentos biológicos já existentes, desenvolvidos após a expiração da patente do produto de referência.

Assim como os biológicos, os biossimilares também são produzidos a partir de células vivas e passam por rigorosos testes para a garantia de obtenção de mesma eficácia e segurança.

Porém, com a ampliação da produção para demais laboratórios que não exerciam a patente, e sem a necessidade de custear o desenvolvimento inicial do medicamento, os biossimilares possuem preços significativamente mais baixos.

Muitos pacientes passam a conseguir tratamentos melhores e com tecnologia mais avançada quando do uso de biossimilares, que se tornam alternativas mais acessíveis.

Assim, para os pacientes, significa o acesso a um tratamento mais avançado. Para os sistemas (públicos e privados) de saúde, significa o fornecimento do tratamento com uma economia considerável, que pode ser reinvestida em outros setores.

Dessa forma, os medicamentos biossimilares representam uma importante oportunidade para a ampliação de acesso a tratamentos de alta tecnologia nos sistemas de saúde brasileiros. Com custos reduzidos e eficácia comprovada, são aliados estratégicos que beneficiam os pacientes e promovem a sustentabilidade financeira dos custeadores, como o SUS e planos de saúde.