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Síndrome de Sjögren afasta pelo INSS?

A Síndrome de Sjögren pode levar ao afastamento pelo INSS. É necessário comprovar a incapacidade e passar por perícia para solicitar benefícios.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Atualizado em 19 de setembro de 2024 15:40

Se você está se perguntando se a Síndrome de Sjögren afasta pelo INSS, este texto é para você. Vamos esclarecer como essa condição pode afetar sua capacidade de trabalho e quais são os direitos garantidos pelo INSS para aqueles que convivem com essa síndrome.

De forma clara, explicaremos como o afastamento por essa doença é avaliado, o que é necessário para solicitar o benefício e como garantir seus direitos. Continue a leitura e fique por dentro de tudo o que você precisa saber.

O que é a Síndrome de Sjögren?

A Síndrome de Sjögren é uma doença autoimune crônica que afeta principalmente as glândulas que produzem lágrimas e saliva. O sistema imunológico, por motivos ainda não completamente entendidos, ataca essas glândulas, levando a uma série de sintomas.

Os principais sinais incluem secura nos olhos, que pode causar irritação e sensação de areia, e boca seca, que dificulta a fala e a mastigação. Além desses, a síndrome pode provocar fadiga, dor nas articulações e dificuldade para engolir.

Em casos mais graves, pode afetar outros órgãos, como pulmões e rins. O tratamento visa aliviar os sintomas e prevenir complicações, já que não há cura definitiva para a doença.

Como a Síndrome de Sjögren pode levar ao afastamento?

A Síndrome de Sjögren pode afastar do trabalho devido à gravidade dos seus sintomas. A condição causa secura intensa nos olhos e na boca, dificultando atividades diárias e profissionais. Além disso, a fadiga constante e a dor nas articulações podem reduzir muito a capacidade de trabalhar.

Quando os sintomas são graves o suficiente para comprometer a capacidade de realizar suas funções, o INSS pode conceder benefícios como auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.

Mas, para obter esses benefícios, é preciso seguir algumas regras do INSS, passar por uma perícia médica e provar que a condição afeta seu trabalho.

Auxílio-doença para portadores de Sjögren, como funciona?

O auxílio-doença é um benefício do INSS para quem está temporariamente incapaz de trabalhar devido a problemas de saúde, como a Síndrome de Sjögren.

Para solicitar, é necessário cumprir alguns requisitos. Primeiro, você deve ter contribuído para o INSS por um período mínimo de 12 meses. Além disso, é necessário passar por uma perícia médica que comprove a incapacidade para o trabalho devido à gravidade dos sintomas da síndrome.

O auxílio-doença será concedido por tempo determinado. Durante esse período, o INSS revisará sua condição para decidir se o benefício pode ser prorrogado. Se a incapacidade for permanente e a situação não melhorar, pode ser necessário solicitar a aposentadoria por invalidez.

É fundamental manter a documentação médica atualizada e seguir as orientações do INSS para garantir o recebimento do benefício.

Síndrome de Sjögren, aposenta?

Sim, Síndrome de Sjögren afasta pelo INSS, podendo, inclusive, levar à aposentadoria por invalidez, mas isso depende da gravidade dos sintomas e da incapacidade para o trabalho. Para obter esse benefício, é necessário cumprir alguns requisitos:

  • Incapacidade permanente: Demonstrar que a condição é severa e impede totalmente a capacidade de realizar qualquer trabalho.
  • Documentação médica: Apresentar relatórios e exames médicos detalhados que comprovem a gravidade da síndrome e que todas as opções de tratamento foram tentadas.
  • Perícia médica: Passar por uma avaliação médica do INSS que confirme a incapacidade permanente.
  • Tempo de contribuição: Ter contribuído para o INSS por um período mínimo, geralmente de 12 meses.

Se aprovado, a aposentadoria por invalidez fornecerá um benefício mensal e vitalício, reconhecendo que a condição afeta permanentemente seu trabalho. No entanto, há revisões periódicas para verificar a continuidade da invalidez.

Como fazer um pedido de afastamento?

Para pedir o benefício no INSS, siga estes passos:

  1. Reúna documentos: Junte laudos médicos, exames, documentos pessoais e comprovantes de contribuição ao INSS.
  2. Acesse Meu INSS: Entre no portal Meu INSS com seu CPF e senha. Se não tiver uma conta, faça o cadastro.
  3. Agende perícia: No portal, vá até a seção de benefícios e agende uma perícia médica ou faça o pedido pelo serviço do ATESTMED. Caso prefira, você pode ligar para 135 para agendar.
  4. Compareça à perícia: Leve toda a documentação e compareça ao atendimento na data marcada. O perito avaliará sua condição.
  5. Acompanhe o processo: Verifique o andamento do seu pedido e a decisão pelo portal Meu INSS.

Seguindo esses passos, você poderá solicitar seu afastamento de forma correta e eficiente.

O que é revisão de benefício por incapacidade?

A revisão de benefício por incapacidade é um processo realizado pelo INSS para verificar se você ainda atende aos requisitos para continuar recebendo o benefício. Geralmente, essa revisão acontece em intervalos regulares ou quando há suspeitas de que a condição do beneficiário possa ter mudado.

Durante a revisão, o INSS pode solicitar novos exames médicos, atualizações de documentos e informações sobre o seu estado atual de saúde. O objetivo é confirmar se a incapacidade permanece tão severa quanto na concessão inicial do benefício.

Se a revisão mostrar que sua condição melhorou, o benefício pode ser reduzido ou até cancelado. Para evitar problemas, esteja pronto para fornecer todas as informações e documentos solicitados pelo INSS, garantindo que seu benefício continue se necessário.

O que fazer se o benefício for negado?

Se o benefício for negado, você pode tomar as seguintes medidas:

  • Verifique o motivo: Leia a carta de negativa para entender o motivo da decisão.
  • Reúna documentos: Colete todos os documentos médicos e comprovantes necessários que mostrem a gravidade da sua condição.
  • Recurso administrativo: Solicite uma revisão do pedido pelo INSS através do portal Meu INSS ou ligando para 135. Você terá a oportunidade de apresentar novos documentos e argumentar.
  • Ação judicial: Se o recurso não for aceito, considere entrar com uma ação judicial com a ajuda de um advogado especializado em direito previdenciário.
  • Mantenha a documentação organizada: Tenha todos os registros e laudos médicos atualizados para futuras revisões.

Esse processo pode ajudar a reverter a negativa e garantir os direitos que você precisa.

Como um advogado previdenciário pode ajudar:

Um advogado previdenciário pode ser essencial em casos de benefício negado ou dificuldades com o INSS, ajudando você a entender melhor a legislação e os requisitos específicos para sua situação.

Além disso, ele pode reunir e organizar toda a documentação necessária, como laudos médicos e comprovantes de contribuição, e preparar o pedido de forma adequada.

Esse profissional também pode orientar sobre os próximos passos caso o benefício seja negado, ajudando a preparar recursos e, se necessário, representando você em ações judiciais.

Dessa forma, o advogado acompanha todo o processo, garante o cumprimento dos prazos e fornece suporte contínuo, assegurando que seus direitos sejam respeitados. Ter um especialista ao seu lado pode fazer a diferença e aumentar suas chances de obter o benefício desejado.

Conclusão:

Por fim, a Síndrome de Sjögren pode afetar muito a qualidade de vida e o trabalho, com sintomas como secura intensa nos olhos e na boca, fadiga e dor nas articulações.

Entender como solicitar os benefícios do INSS é essencial para quem enfrenta essa condição, já que o afastamento pode ser necessário quando a síndrome compromete a capacidade de realizar atividades profissionais.

Se você está tendo dificuldades para conseguir ou manter os benefícios, um advogado previdenciário pode ajudar. Ele pode explicar as regras, organizar a documentação e acompanhar o processo para aumentar suas chances de sucesso.

André Beschizza

André Beschizza

Dr. INSS. Advogado, sócio-fundador e CEO do André Beschizza Advogados (ABADV) especialista em direito previdenciário, bacharel em direito pela FIPA (2008), Catanduva-SP. Especialistas em INSS.

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