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O crescimento das proptechs e a nova era do setor imobiliário

A digitalização de processos proporcionada pelas startups vem redefinindo o mercado, gerando transparência e facilidades.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Atualizado em 26 de agosto de 2024 11:30

A forma de vender, comprar, alugar e gerir um imóvel vem se transformando. Nos últimos anos, a ascensão das proptechs tem se tornado sinônimo de inovação, eficiência, maior transparência e acessibilidade. Segundo dados do Mapa das Construtechs e Proptechs, realizado pela Terracota Ventures, em 2024, até este momento, o setor de startups imobiliárias registrou crescimento de 13,5% no Brasil. Atualmente, estão em atividade no país 1209 empreendimentos, que geram cerca de 22 mil empregos diretos.

Proptech é a abreviação de property technology. As startups do gênero se diferem das imobiliárias comuns pelo uso de tecnologia aplicada - como por exemplo geolocalização, Big Data, realidade aumentada, drones e blockchain - para oferecer produtos e serviços inovadores, gerando facilidades de transação aos clientes. Bastante atentas à LGPD, trabalham com assinaturas eletrônicas, digitalização de processos, computação em nuvem e sistemas integrados de gestão.

A digitalização de processos proporcionada pelas startups vem redefinindo o mercado. Hoje, já é possível conhecer detalhes bastante específicos de uma propriedade sem visitá-la pessoalmente. As visualizações de imóveis em 3D e os tours virtuais estão se tornando cada vez mais comuns e procurados, deixando as negociações mais rápidas, reduzindo a necessidade de intermediários nos negócios e fazendo com que as decisões sejam tomadas de forma mais consciente e eficiente. Os ganhos relativos à acessibilidade são gigantes, o que também pode reduzir custos tanto para compradores quanto para vendedores.

No que diz respeito à gestão, as ferramentas inovadoras utilizadas pelas proptechs (plataformas on-line e aplicativos) têm facilitado o acompanhamento dos pagamentos de aluguéis, a manutenção das propriedades e a forma de comunicação com os inquilinos. Tudo isto representa melhoria na eficiência operacional realizada pelos gestores e também maior transparência na experiência proporcionada aos inquilinos.

Outro ponto importante está ligado à análise de dados proporcionada pelo uso de algoritmos avançados. A IA tem permitido prever tendências de mercado, fazer avaliações mais precisar de imóveis e identificar novas oportunidades de investimentos. Tudo isto sem esquecer da sustentabilidade, sendo que muitas proptechs buscam crescer focadas, por exemplo, na otimização de recursos, eficiência energética e na adoção de outras práticas sustentáveis.

A evolução das proptechs brasileiras está relacionada ao bom momento vivido pelo mercado imobiliário do país. Elas estão modernizando o setor e trazendo novos desafios para o mercado global. São o espelho de uma nova era, que só tende a crescer e se desenvolver!

Izabela Rücker Curi

Izabela Rücker Curi

Advogada e sócia fundadora do escritório Rücker Curi Advocacia e Consultoria Jurídica e da Smart Law, uma startup focada em soluções jurídicas personalizadas para o cliente corporativo, que mesclam inteligência humana e artificial. É board member certificada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa IBGC-São Paulo, mediadora ad hoc e consultora da Global Chambers na região Sul. É mestre em Direito pela PUC-SP e negociadora especializada pela Harvard Law School.

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