Os desafios das universidades brasileiras
Universidades públicas enfrentam cortes orçamentários que afetam infraestrutura, salários e pesquisa, prejudicando bolsas e atualizações. Instituições privadas preenchem lacunas, destacando-se na internacionalização e gestão eficaz.
segunda-feira, 19 de agosto de 2024
Atualizado em 16 de agosto de 2024 09:32
A cada ano que passa os desafios das Universidades brasileiras se acentuam, em especial para as instituições públicas, que vivem constantemente com cortes no orçamento, causando impactos na manutenção da infraestrutura, pagamento de salários e redução drástica no financiamento das pesquisas e extensões.
Nesse cenário, a consequência é a redução das bolsas de incentivos aos estudos e do aperfeiçoamento dos docentes, acarretando também em laboratórios desatualizados, sem a devida manutenção e com edificações inadequadas.
Notadamente, esses percalços afastam o ingresso de discentes qualificados e de professores especializados.
Por outro lado, as instituições privadas assumem as lacunas que a Instituições públicas têm dificuldades de suprir, o que ocorre, à toda evidência, nos processos decisórios, enquanto nestas os procedimentos são ineficientes e padecem de uma letargia, naquelas os sistemas de gestão são eficazes e precedidos de governança.
Nota- se que as Universidades privadas têm ganhado relevo quanto ao instituto da Internacionalização, integrando-se de forma plena e robusta ao cenário acadêmico global.
A Internacionalização tem como foco basilar intensificar a colaboração acadêmica global, aprimorar a qualidade do ensino e aperfeiçoar os alunos para um planeta ainda mais interconectado.
As formas mais atuais de Internacionalização são os acordos de cooperação com o objetivo de promover o intercâmbio de estudantes, professores e pesquisadores, e que acarreta na formação e especialização singular dos novos profissionais.
As parcerias internacionais proporcionam os programas de dupla titulação, diplomas com ambos registros, ou seja, o reconhecimento da Universidade de origem e da Instituição estrangeira, além de estimular as pesquisas e projetos comuns.
Esse instituto permite ainda que docentes e alunos estudem e lecionem em Universidades estrangeiras, adquirindo novas perspectivas e ampliando o conhecimento cultural de outro País, bem como do respectivo sistema educacional.
Outro aspecto relevante é que as Universidades podem incluir em sua grade curricular, disciplinas globais e materiais didáticos de diversas partes do planeta.
A pesquisa é mais uma ferramenta que a internacionalização fomenta, possibilitando a interação de publicações, elaboração de projetos de pesquisas multinacionais e participações em redes de inovações.
Ainda há que se destacar o incentivo ao empreendedorismo, o que proporciona a formação de incubadoras de empresas, inclusive no interior das Universidades, a instituição de parques tecnológicos que incentiva a inovação, alavancando a transformação de ideias e projetos em negócios viáveis e rentáveis.
Destaca-se que a Internacionalização é um modelo que fortalece as Universidades no ambiente acadêmico, melhora a qualidade de ensino e amplia a preparação dos estudantes para as formações de um mundo competitivo e globalizado.
Esse desafio exige um modelo de governança coordenada, que possa permitir o reconhecimento quanto a importância da qualidade do ensino superior privado como instrumento de desenvolvimento social e econômico do país.
Vinícius Corrêa de Queiroz
Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Izabela Hendrix; Pós-Graduado em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Pós-Graduado em Advocacia Criminal na Escola Superior de Advocacia da OAB/MG; Curso LGPD do Zero pelo Instituto Brasileiro de Direito - Ibi Jus; Ex-Procurador Geral Municipal; Ex-Membro titular da Comissão de Ética e Disciplina da OAB/MG; Certificado ISSO 9001 pela Gernanischer Lloyd Certification; Áreas de atuação: Consultoria e contencioso nas áreas Cível, empresarial, Agronegócio e Fundacional.