A intersecção entre o mercado imobiliário e o divórcio
O Brasil tem mais de 1 milhão de casamentos e quase 400 mil divórcios anuais. Casamentos e divórcios movimentam 45% do mercado imobiliário. Mudam também as necessidades habitacionais: solteiros buscam imóveis pequenos e completos, enquanto mães solteiras preferem casas maiores.
segunda-feira, 5 de agosto de 2024
Atualizado às 13:30
Voltei a escrever no Migalhas. Que honra estar de volta. Escolhi um tema que venho pesquisando faz algum tempo: o quanto os divórcios impactam o mercado imobiliário. Afinal se consideramos que para cada separação há, pelo menos, dois recomeços, então podemos dizer que, a cada casal que se separa duas novas moradas serão habitadas.
E olha só:
Os dados mais recentes do IBGE mostram que o Brasil superou a taxa de 1 milhão de casamentos por ano (1,178 milhão) e que, anualmente, ocorrem quase 400 mil divórcios (390 mil) no país e Casamentos e divórcios, respondem por 45% da movimentação do mercado imobiliário - 30% representados pelos que se casam e 15% pelos que voltam a morar sozinhos ou se unem a outra pessoa.
E além disto a busca por determinados tipos de imóveis também mudou. Ontem fiz um divórcio e meu cliente disse: "Dra. Eu moro em um apê de 30 metros, que precisa ter todos os serviços incluídos, desde máquina de lavar roupa até faxineira."
Já as mulheres, que normalmente ficam mais tempo com os filhos precisam de algo maior, com mais casa de lar.
De qualquer modo uma casa FAMÍLIA se desfaz para duas outras se formarem com novas configurações.