Distrato imobiliário ou vendo terreno barato?
A decisão de vender um terreno barato ou proceder com um distrato imobiliário representa um momento crucial e complexo para proprietários. Além disso, considerar a venda de uma propriedade barata como uma solução rápida pode acarretar a perda significativa do valor investido.
quinta-feira, 2 de maio de 2024
Atualizado às 08:30
A decisão de vender um terreno barato ou proceder com um distrato imobiliário representa um momento crucial e complexo para proprietários. Além disso, considerar a venda de uma propriedade barata como uma solução rápida pode acarretar a perda significativa do valor investido.
Por outro lado, o distrato imobiliário surge como uma opção para aqueles que desejam desfazer um negócio imobiliário e recuperar até 90% dos valores pagos de forma atualizada. No entanto, esse processo demanda entendimento específico das leis e normas que regem o setor.
No âmbito do distrato imobiliário, muitos desconhecem seus direitos e acabam optando por acordos extrajudiciais que raramente são vantajosos. Por outro lado, as loteadoras propõem a devolução de valores mínimos, frequentemente pagos em longas parcelas, o que pode gerar um prejuízo substancial para o comprador.
Portanto, é fundamental que se tenha consciência da importância da assistência de um advogado especializado nessa área. Um profissional que terá competência para garantir a restituição adequada dos valores investidos.
Em contrapartida a uma negociação direta com a loteadora ou a venda barata do terreno, o processo judicial de um distrato imobiliário oferece maior segurança para o comprador. Ele possibilita a recuperação de até 90% dos valores atualizados, uma margem bastante superior às propostas comuns de acordos feitos sem respaldo jurídico especializado.
Assim, antes de tomar uma decisão precipitada que pode implicar em perdas financeiras expressivas, é imprescindível avaliar a via judicial como um caminho mais seguro e rentável para resolver questões de distratos imobiliários.
Conceitos fundamentais do distrato imobiliário
Este segmento esclarece aspectos vitais do distrato imobiliário, apresentando suas definições, a legislação pertinente e os direitos e deveres envolvidos nas negociações entre compradores e vendedores.
O que é distrato imobiliário
O distrato imobiliário refere-se à rescisão de um contrato de compra e venda de imóveis. Ocorre quando uma das partes envolvidas decide não prosseguir com o negócio, gerando a necessidade de desfazer o acordo previamente estabelecido entre comprador e vendedor.
Lei do distrato imobiliário
O governo sancionou a lei 13.786, conhecida como lei do distrato imobiliário, para regularizar a resolução destes contratos no Brasil. Essa lei define prazos e regras claras para a devolução de valores pagos e aplica multas para o descumprimento das suas diretivas.
Direitos e deveres de compradores e vendedores
Ambas as partes em um contrato de compra e venda de imóveis possuem obrigações específicas. O comprador tem o direito de arrependimento como previsto no CDC e pode reivindicar a restituição de parte dos valores pagos.
Por outro lado, o vendedor, seguindo a legislação aplicável, deve cumprir o prometido e, em caso de distrato, proceder conforme as penalidades estabelecidas pela lei do distrato. No entanto, a busca pelo aconselhamento de um advogado especializado em direito imobiliário torna-se essencial para a segurança da transação.
Aspectos financeiros do distrato
Ao enfrentar um distrato imobiliário, é fundamental entender os detalhes financeiros, pois eles determinam a viabilidade e as consequências de tal decisão.
Valores envolvidos no distrato
No processo de distrato, os valores pagos pelo comprador são centrais tanto para a definição dos valores a serem devolvidos quanto para as multas aplicáveis. É usual que haja a retenção de valores pela construtora ou vendedora, incidindo também índices de correção monetária e impostos decorrentes da transação.
A lei permite que seja retido um percentual como multa compensatória pela desistência do negócio. A forma de pagamento dessa restituição, que pode incluir um valor retido significativo, variará de acordo com o estipulado, podendo ser à vista ou parcelado.
Cálculo de multas e ressarcimentos
Para determinar o reembolso, subtraem-se do total pago as multas contratuais, impostos e eventuais custos administrativos. Os valores devolvidos são geralmente corrigidos monetariamente segundo índices do mercado como INCC ou IGP-M.
O prazo para devolução destes valores frequentemente é fonte de litígio, pois sem a intermediação de um advogado, o processo tende a ser menos vantajoso para o cliente, estendendo-se a prazos longos e muitas vezes inalcançáveis.
Devemos ressaltar que, via de regra, o distrato extrajudicial pode ser desfavorável para o consumidor. Recomenda-se, portanto, buscar apoio legal para que o distrato imobiliário pela via judicial assegure uma recuperação financeira mais justa e segura.
Procedimentos práticos do distrato
Deve-se conduzir o distrato imobiliário com cautela para proteger os interesses do cliente, dado o procedimento complexo. A atuação de um advogado especialista pode ser a diferença entre uma resolução do contrato eficiente ou a perda significativa de investimento.
Etapas do processo de distrato
Inicialmente, é vital entender que o processo de distrato inicia-se com a notificação formal à construtora ou incorporadora sobre a intenção de dissolver o negócio. Este processo pode ser motivado por diversos fatores, tais como atraso na entrega do imóvel ou inadimplência.
Uma ação judicial pode se fazer necessária caso a negociação extrajudicial não atenda aos interesses do comprador. Em casos de construção com patrimônio de afetação, a negociação de distrato segue critérios específicos para proteger o restante do empreendimento e os demais inquilinos.
Documentação necessária
A validação do distrato exige uma lista detalhada de documentos, incluindo, mas não limitada a: contrato de compra e venda, comprovantes de pagamento, comunicações oficiais com a construtora e documentos pessoais do comprador. A vigência de legislação específica e contratos padronizados pelas incorporadoras e construtoras determina a natureza dos documentos requeridos.
Impactos e considerações finais
Ao avaliar a venda de um terreno barato ou a realização do distrato imobiliário, considerações finais devem pesar os impactos jurídicos e financeiros no setor.
Impacto do distrato no mercado imobiliário
O processo de distrato imobiliário gera efeitos significantes no mercado. Dessa forma, a lei 13.786/18, conhecida como lei dos distratos, introduziu regras mais claras e objetivas acerca dos procedimentos e das penalidades em casos de desistência da compra de um imóvel na planta. Isso visava a trazer mais equilíbrio entre as partes e diminuir a insegurança jurídica.
No entanto, o distrato ainda representa um desafio, pois pode desencadear perda significativa de capital para o consumidor e desestabilização financeira para as empresas de incorporação imobiliária.
Distrato de imóveis na planta e suas consequências
O distrato de imóveis na planta, muitas vezes, significa a retenção de um percentual do valor já pago pelo incorporador, como compensação pelas despesas administrativas e comerciais.
No entanto, a ação legal, acompanhada por um advogado especializado, geralmente pode resultar em uma condição mais favorável para o comprador, pois ao optar por uma venda barata de um terreno, ou um acordo de gaveta, sem a devida assistência técnica, pode levar a grandes perdas financeiras e riscos associados ao descumprimento de cláusulas contratuais.
Perguntas frequentes
Quando consumidores enfrentam a necessidade de realizar o distrato de um terreno, geralmente possuem diversas dúvidas sobre seus direitos, procedimentos a seguir e consequências financeiras. Esta seção busca esclarecer essas questões. Evite vender barato um terreno.
Quais são os direitos do consumidor ao realizar o distrato de um terreno adquirido?
O consumidor tem o direito de solicitar o distrato e a restituição de grande parte dos valores pagos. No entanto, as condições específicas podem variar conforme o contrato assinado com a loteadora.
Qual é o procedimento para fazer o distrato de compra e venda de um terreno?
Para realizar o distrato, geralmente se notifica a loteadora sobre a intenção de rescindir o contrato, negocia-se as condições de devolução e os valores a restituir, e formaliza-se o acordo mediante um distrato assinado por ambas as partes.
É possível devolver um terreno comprado da loteadora em caso de arrependimento?
Sim, em caso de arrependimento, é possível devolver o terreno. No entanto, é importante estar ciente de que isso gerará custos com multas e possivelmente a perda de uma parte dos valores já pagos.
Quais são as implicações financeiras de um distrato para o comprador de um terreno?
As implicações financeiras incluem a perda de uma parte dos valores pagos como multa pelo distrato. Assim, a porcentagem perdida depende do acordo no contrato de compra e venda.
Como se calcula a multa em um processo de distrato imobiliário?
Frequentemente, calcula-se a multa em um processo de distrato imobiliário com base em uma porcentagem do valor pago pelo comprador, conforme estipulado no contrato original de compra e venda.
Quanto tempo geralmente leva para concluir um distrato de terreno financiado?
O tempo para concluir um distrato de terreno financiado pode variar. Portanto, pode levar alguns meses até que todas as partes cheguem a um acordo e formalizem a rescisão do contrato.