PL propõe alíquotas progressivas para o ITCMD em São Paulo
PL 7/24 da ALESP propõe alíquotas progressivas ao ITCMD em São Paulo, impactando planejamentos patrimoniais e sucessórios. Alíquota única atual é de 4%.
domingo, 18 de fevereiro de 2024
Atualizado em 20 de fevereiro de 2024 09:32
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - ALESP publicou, no início de fevereiro de 2024, o PL 7/24 que propõe introduzir alíquotas progressivas ao Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCMD.
O ITCMD é devido aos Estados no caso de sucessão por morte e doação de bens e é recolhido pelo contribuinte que recebe o bem (donatário ou sucessor). Os efeitos da carga tributária do ITCMD é um dos pontos centrais para elaboração e implementação de planejamentos patrimoniais e sucessórios.
Atualmente, a legislação que versa sobre o ITCMD no Estado de São Paulo estabelece uma alíquota única de 4% (quatro por cento) sobre as operações em que o imposto incide. Como regra, as operações que não excedem o valor de R$ 88.400,00 são isentas de ITCMD no Estado.
Em virtude das mudanças trazidas pela Reforma Tributária (Emenda Constitucional 132/23) aprovada pelo Congresso Nacional em 2023, o PL 7/24 propõe alterar a atual alíquota única para um modelo de tributação com alíquotas progressivas que variam de 2% a 8% baseadas no valor das operações.
O PL 7/24 ainda está na fase inicial de tramitação e tem por justificativa alcançar maior justiça fiscal. Caso seja aprovado ainda em 2024, as alíquotas progressivas somente poderão ser praticadas no próximo ano, o que pode viabilizar eventuais revisões de cunho patrimonial e sucessório antes da vigência de eventuais alterações na legislação.
Enrique Tello Hadad
Sócio do escritório Loeser e Hadad Advogados.
Thulio Alves
Bacharel em Direito pelo Centro Universitário IESB. Advogado do escritório Loeser e Hadad Advogados.
Priscila Regina de Souza
Bacharel em Direito e Letras pelas Faculdade Metropolitanas Unidas. Especializada em Direito Tributário pela PUC/SP. Sócia advogado do escritório Loeser e Hadad Advogados.
Fernando Perfetto
Advogado na Loeser e Hadad Advogados.
Ana Sica
Associada no escritório Loeser Hadad Advogados.
Pedro Cheng
Advogado na Loeser e Hadad Advogados.