Advogado, já incluiu a cessão de créditos judiciais no planejamento de 2024?

Com a chegada de 2024, é hora de advogados e advogadas planejarem as atividades do novo ano e de definirem as metas para desenvolvimento dos negócios, seja para melhorar a gestão financeira, para expandir o escritório ou simplesmente para colocar em prática novas estratégias de marketing. O planejamento é a alma do negócio, mas angariar recursos para implementar as táticas é imprescindível.

O momento econômico do país não é dos piores, com expectativa de crescimento do PIB em 1,51% e índice de inflação reduzido para 3,93%, de acordo com dados do Banco Central para o ano de 2024. Entretanto, está distante de um mar de rosas para quem tem uma empresa, escritório ou trabalha sozinho como autônomo. Manter uma reserva financeira para situações de emergência ou para investir não está fácil.

Nesse contexto, uma alternativa para advogados e escritórios fugirem da estagnação por falta de recursos imediatos para investimentos é a cessão de créditos judiciais (art. 286, CC). Basta que os profissionais possuam em sua carteira processos em que já existam créditos fixados, mesmo que ainda distantes do encerramento.

É uma forma segura de levantar recursos sem precisar recorrer a um empréstimo bancário, eivado de juros altíssimos e parcelas infindáveis. Lembrando que a cessão de créditos pode ser feita tanto em relação apenas aos honorários, quanto ao crédito total ou parcial, caso o cliente, titular da ação, também tenha interesse no procedimento de antecipação dos valores a que tem direito.

Como se observa, é um negócio que preserva a autonomia de todas as partes, sendo realizado um estudo pormenorizado dos processos submetidos à análise, com a elaboração de propostas individualizadas, por parte da empresa especializada em direitos creditórios, para a compra dos créditos dos cedentes, ou seja, titulares das ações e seus patronos.

Para ter sucesso no mundo dos negócios, a experiência de quem obteve sucesso mostra que, muitas vezes, é preciso ter um perfil arrojado, incluindo estratégias inovadoras para obter recursos para execução de investimentos, quando não se conta com reservas próprias para tanto.

Dessa forma, a submissão da carteira de processos para possibilidade de cessão de créditos judiciais deve fazer parte do planejamento de escritórios e profissionais autônomos com esse perfil, possibilitando o aproveitamento do cenário econômico que, se não se constitui atualmente como o ideal para desenvolvimento dos negócios, também não se configura como de crise. Fica a reflexão para análise.