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Como negociar suas dívidas bancárias?

Se as dívidas com bancos não forem gerenciadas de forma adequada, elas podem se acumular rapidamente. Isso pode levar a uma situação de endividamento insustentável, que pode demorar muito tempo para ser resolvida.

quinta-feira, 16 de março de 2023

Atualizado às 14:22

O endividamento do brasileiro varia ao longo do tempo e depende de diversos fatores econômicos e sociais.

De maneira geral, o endividamento das famílias brasileiras aumentou nos últimos anos, de acordo com dados do Banco Central e da Confederação Nacional do Comércio.

Mais da metade das famílias brasileiras têm dívidas, como empréstimos, financiamentos, cartões de crédito, entre outros.

Entre os principais motivos do endividamento das famílias brasileiras estão o aumento do desemprego, a queda da renda e o acesso facilitado ao crédito.

Além disso, a pandemia também impactou a economia e as finanças pessoais, aumentando o endividamento de muitas famílias.

É importante ressaltar que o endividamento em si não é necessariamente um problema, desde que as dívidas sejam gerenciadas de forma responsável e sustentável, com pagamento em dia e sem comprometer a capacidade de poupança e investimento das famílias.

Por que devemos evitar ter dívidas com bancos?

As dívidas com bancos geralmente envolvem altas taxas de juros, o que significa que o valor total da dívida pode aumentar rapidamente.

Isso pode levar a um endividamento ainda maior e a uma dificuldade crescente em pagar as dívidas.

Os bancos costumam ser bastante rigorosos quando se trata de cobrança de dívidas.

Eles podem entrar em contato frequentemente para cobrar os pagamentos, o que pode gerar um grande nível de estresse e ansiedade.

O não pagamento das dívidas com bancos pode ter um impacto significativo na pontuação de crédito da pessoa.

Isso pode dificultar o acesso a empréstimos futuros, bem como a obtenção de outras linhas de crédito, como cartões de crédito.

Se as dívidas com bancos não forem gerenciadas de forma adequada, elas podem se acumular rapidamente. Isso pode levar a uma situação de endividamento insustentável, que pode demorar muito tempo para ser resolvida.

Essas dívidas fazem com que seja difícil planejar o futuro financeiro, uma vez que uma grande parte da renda pode estar comprometida com o pagamento das dívidas. Isso leva a um ciclo vicioso de endividamento e dificuldade em atingir objetivos financeiros, como a aquisição de um imóvel próprio ou aposentadoria.

O que acontece se eu não pagar a minha dívida com o banco?

O banco pode começar a cobrar multas, juros e outros encargos sobre o valor da dívida em atraso. Esses valores podem aumentar significativamente o montante devido.

Claro que o banco vai entrar em contato para negociar o pagamento da dívida e nesse caso você pode pagar uma parte para evitar ações mais severas.

De qualquer forma, se não houver pagamento, o banco irá incluir seu nome dos cadastros de inadimplentes, como SPC e Serasa e isso irá dificultar o acesso a empréstimos e financiamentos no futuro.

Se o valor da dívida for alto, o banco pode entrar com uma ação judicial e cobrar a dívida. Isso pode levar à penhora de bens, salários e outras consequências legais, além do protesto em cartório, impedimento de realizar transações financeiras, e outras complicações.

Para evitar tudo isso, o ideal é tentar negociar a dívida com o banco assim que perceber que não conseguirá pagar.

Procure conversar e buscar uma solução que seja viável para ambas as partes.

A dívida com o banco caduca?

Sim, a dívida com o banco pode caducar. No Brasil, o prazo máximo para que uma dívida prescreva e não possa mais ser cobrada na Justiça é de 5 anos, de acordo com o Código Civil brasileiro.

No entanto, é importante ressaltar que o prazo de prescrição não significa que a dívida deixará de existir ou que o devedor não poderá mais ser cobrado pelo valor devido.

Mesmo após a prescrição, o banco pode continuar tentando negociar a dívida com o cliente, e o nome do devedor ainda pode ser incluído em cadastros de inadimplentes, como o SPC e o Serasa.

Além disso, existem algumas situações em que o prazo de prescrição pode ser interrompido, como quando o devedor reconhece a dívida, realiza pagamento parcial ou quando o credor ingressa com uma ação judicial.

Há possibilidade de fazer portabilidade da dívida para outro banco?

A resposta é sim, e pouca gente sabe disso. A portabilidade de dívida é uma modalidade que permite que o devedor transfira sua dívida de uma instituição financeira para outra que ofereça condições mais vantajosas de pagamento, como taxas de juros menores ou prazos mais longos.

Mas é importante saber que nem todas as dívidas podem ser portadas, por isso é importante verificar as condições junto ao banco onde a dívida foi contraída.

Você deve também procurar por instituições financeiras que oferecem a portabilidade e verificar as condições que elas oferecem.

Faça a simulação da dívida com o novo banco, para verificar se realmente será mais vantajoso, e se as condições forem melhores, solicite a portabilidade.

O banco se encarrega de fazer o pagamento da dívida ao banco original.

É importante lembrar que a portabilidade de dívida pode ser uma opção interessante para quem está com dívidas com juros altos, mas é necessário fazer uma análise cuidadosa das condições oferecidas pelo novo banco e considerar todos os custos envolvidos na transferência da dívida.

Melhores formas de negociação de dívidas com bancos

Antes de negociar a dívida, é importante fazer uma análise detalhada da sua situação financeira para entender quanto você pode pagar por mês e como pode ajustar seu orçamento para quitar a dívida.

Depois, entre em contato com o banco e explique sua situação. Seja claro e objetivo ao explicar as razões do atraso no pagamento e ofereça uma proposta de pagamento que seja viável para você.

Tente negociar as condições da dívida com o banco. Isso pode incluir a redução dos juros, o aumento do prazo de pagamento ou até mesmo a possibilidade de fazer a portabilidade da dívida.

Se chegar a um acordo com o banco, é importante que ele seja formalizado por escrito, com todos os detalhes das condições de pagamento acordadas. Guarde uma cópia desse acordo assinado.

Por fim, é fundamental cumprir as condições do acordo, pagando as parcelas em dia e mantendo contato com o banco caso haja qualquer problema.

Lembre-se de que a negociação de dívida é um processo que requer paciência e disposição para conversar com o banco e chegar a um acordo que seja vantajoso para ambas as partes. Busque sempre opções realistas e viáveis de pagamento para evitar o endividamento ainda maior.

Tallisson Souza

Tallisson Souza

Advogado, especializado em Direito Bancário, CEO da Souza Advogados, escritório referencia em todo o Brasil na luta contra Brancos e Financeiras.

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