Bullying: por que razão não falar sobre?

Um tema muito pouco discutido porém de grande importância: o bullying. Por que razão não vemos ninguém falar sobre esse tema? A resposta é simples: não gera repercussão pois é um assunto que trata da vida pessoal de cada um, e muitas vezes as pessoas tem vergonha de se abrir ao ponto de tocar nesse assunto pelo fato de estar colocando em pauta um sofrimento guardado a 7 chaves do qual se sentiriam muito desconfortáveis em expor que já sofreram desse mal ou ao contrário, desconfortáveis em expor que já o praticaram.

Primeiramente, é necessário entender o que é bullying e como o mesmo é praticado, dessa forma, irei expor a seguir da maneira mais simples possível seu significado. O bullying é qualquer ato praticado de maneira isolada ou repetidamente, por alguém contra outra pessoa de maneira a ofendê-la fisicamente ou moralmente sem motivo algum. Isso mesmo, sem motivo algum, parece até estranho pensar em uma situação dessa, porém o bullying é exatamente assim, alguém começa te ofender fisicamente ou moralmente, com o intuito de te colocar para baixo, apontando situações que você vive ou até limitações que você possui, e pasmem: a pessoa acha graça e se sente confortável fazendo isso.

Quando falamos em ofensa física devemos entender como qualquer situação da qual uma pessoa agride a outra, e quando falamos em ofensa moral devemos pensar na situação em que uma pessoa põem apelidos na outra, ofende com xingamentos, tem atitudes discriminatórias e até preconceituosas, quando falamos em injúria, difamação e calúnia (crimes contra honra) tais crimes podem ser caracterizados como a prática de bullying dependendo da situação.

O bullying é mais comum entre os jovens até se atingir a fase adulta, ou seja, do ensino médio até o ensino superior. O que mais se pode ver nos corredores das escolas, faculdades são jovens que sofrem desse problema por supostos colegas que tomam tais atitude de má-fé ou que dizem que é apenas uma "brincadeira". Porém o que não se comenta é o que essa prática pode trazer de malefício para quem sofre. Desde depressão até tentativas de suicídios são possíveis quando falamos em ofensas constantes contra alguém só pelo fato dessa pessoa ser considerada "diferente"pelos "colegas".

Programas de orientação social e prevenção contra o bullying se fazem necessário nas escolas e universidades de maneira a conscientizar os jovens sobre esse tema, mostrando  como esse assunto é de grande importância, e trazendo orientações e caminhos para vencer o bullying como por exemplo, caminhos jurídicos. O que muitos não sabem, é que o bullying pode ser combatido judicialmente, ou seja, se você sofre bullying de alguém, você pode entrar uma ação judicial de indenização contra essa pessoa e pasmem: até contra os pais dessa pessoa e a escola/universidade onde o bullying foi praticado.

Quando falamos de bullying, falamos de um tipo de responsabilidade diferente da que estamos acostumados a ver, mesmo que a escola, universidade não tenha culpa da prática desse ato por um dos alunos, a mesma se responsabilizará pois juridicamente ela é responsável por seus alunos. Em um exemplo hipotético do qual temos um jovem menor de idade praticando bullying contra um colega, caso a vítima queira ingressar com uma ação judicial contra o agente praticante de bullying, o mesmo entrará com uma ação contra os pais do agente e contra a escola, isso mesmo, tanto os pais do menor idade quanto a escola serão responsabilizadas pelo ato de bullying que a vítima sofreu, pois estamos diante um tipo de responsabilidade que se chama objetiva.

Sintetizando: se o praticante do bullying for maior de idade, o mesmo responderá junto com a escola judicialmente, caso o mesmo seja menor de idade, seus pais se responsabilizarão junto a escola, sendo assim uma grande forma de combater esse mal.

Portanto, é possível concluir que o bullying deve sim ser colocado como algo sério,  deve ser discutido abertamente, programas de orientação devem ser adotados para que assim se possa ter uma maior conscientização sobre o assunto de maneira a ter um maior controle nas escolas e nas universidades, sempre pensando no bem-estar do próximo.