Marcelo Novelino em: um jurista no multiverso
Roqueiro raiz, rompeu paradigmas. Para o autor, professor e baterista, o rock and roll não é uma fase. Viveu o rock na juventude, vive-o agora.
segunda-feira, 20 de junho de 2022
Atualizado às 15:55
Muitos de nós (e não alguns de nós [risos]) tivemos a fase rock and roll. Geralmente na adolescência. Tudo é uma festa, ou melhor, tudo é rock. Os cabelos crescem, as roupas escolhidas pela mamãe saem do armário e, para o desespero dela, o filho substitui o lúdico, o infantil, por roupas pretas e cheias de caveiras. O Cebolinha, a Mônica, o Bob Esponja, o Pica-Pau dão lugar aos Ozzys, Eddies e Damas de Ferro, AC/DCs, Joplins e Hendrixs, além dos Floyds.
São anos inesquecíveis. No entanto, um dia a fase passa e nos tornamos quem não gostaríamos de ser: o engravatado com cabelo na régua e o bureau cheio de juridiquês. Eis a vida do jurista.
Marcelo Novelino, contudo, provou que estávamos equivocados. Roqueiro raiz, rompeu paradigmas. Para o autor, professor e baterista, o rock and roll não é uma fase. Viveu o rock na juventude, vive-o agora.
Doutor em direito público pela UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, procurador Federal, ex-assessor de ministro do STF, além de professor de direito constitucional e autor do Curso de Direito Constitucional, livro que conquistou milhares de alunos, já na sua 17ª edição, Novelino é um outsider, mostrando aos juristas que as becas e togas não precisam ser lisas. Podemos incrementá-las, quem sabe com o mascote do Maiden.
Ah! Não poderia esquecer de um prêmio importante: Novelino foi eleito por suas alunas da LFG como o professor de direito constitucional mais bonito do Brasil.
O professor sério, que prepara alunos para os concursos mais disputados da carreira jurídica, tem um hobby interessante.
Novelinho é baterista em uma banda de rock. E, acreditem, até o nome do grupo lembra o direito constitucional. Backlash. No direito, backlash e uma reação popular e legislativa a uma decisão do Poder Judiciário.