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Ninguém ficará para trás: inclusão e família

O Estado pode proteger, defender e projetar, mas se a família não fizer seu papel desde o início, não há meios de que a inclusão social garanta à pessoa com deficiência, sua plena realização.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Atualizado às 08:11

(Imagem: Arte Migalhas)

Desde os primeiros dias de vida do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, procuramos implementar nossas políticas públicas tendo a família como tema transversal. Ao mesmo tempo, nossa Ministra Damares Alves abraçou o lema deste governo, buscando trabalhar concretamente para que ninguém ficasse para trás sob a perspectiva dos direitos humanos.

Nesse sentido, em se tratando de um olhar ainda mais especial, focamos, juntamente com a Primeira Dama, Michelle Bolsonaro, a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência unida à Secretaria Nacional da Família, promover uma inclusão mais humana e abrangente.

A partir da Secretaria da Família, temos trabalhado esse tema no seio familiar, que é de fato, a melhor plataforma para a projeção daqueles que são dotados também de talentos que compensam suas deficiências, mas necessitam o devido apoio para desenvolvê-los. Podemos afirmar que trazem até mesmo o dom de ajudar os próprios familiares a crescerem como seres humanos. Porém, é preciso abertura!  

Nesse empreendimento, temos contado com Priscilla Gaspar - hoje Diretora de Políticas Temáticas na Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência -, deficiente auditiva, casada, com três filhas e marido na mesma situação e, desde há pouco, com Claudio de Castro Panoeiro, que assumiu recentemente a pasta, também deficiente visual, demonstrando profunda compreensão da pauta a partir da própria experiência. Destaco ainda Adriana Villas Boas, filha do General Villas Boas e coordenadora das Doenças Raras, que também através da trajetória pessoal e do cuidado do pai, ambos acometidos por doenças raras, tem levado o encargo com garra, tendo sempre muito presentes as famílias.

Entre tantas ações que se têm levado adiante a partir do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, encontram-se desde a avaliação biopsicossocial da Deficiência, passando pelo Wikilibras, tecnologia assistida, programas destinados à formação para pessoas com deficiência, incluindo especialmente a Hanseníase; turismo acessível, crédito BB acessibilidade, até a criação do Índice Nacional de Inclusão, em parceria com o Instituto Olga Koss, que vai medir o grau de inclusão social das pessoas com deficiência em nosso país, facilitando a implementação e gestão de políticas públicas eficazes a partir de evidências. Paralelamente, não podemos deixar de dizer que também compartilhamos sofrimento, ao lado de nossa Ministra, da Primeira Dama Michele Bolsonaro, e de nossas equipes, por não conseguirmos fazer ainda mais e na velocidade desejada!

Terminamos voltando à base. O Estado pode proteger, defender e projetar, mas se a família não fizer seu papel desde o início, não há meios de que a inclusão social garanta à pessoa com deficiência, sua plena realização.

Por fim, animamos a todos a contribuírem para a promoção da adoção de pessoas com deficiência, a que denominamos adoção necessária. É também um grande passo que desejamos dar para que ninguém fique para trás, com as campanhas: Adoção: Família para Todos! Adoção: Adote um Amor!

Angela Vidal Gandra da Silva Martins

Angela Vidal Gandra da Silva Martins

Secretária Nacional da Família do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Ph-D Filosofia do Direito

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