Saiba mais sobre a flexibilização de entrada de estudantes e jornalistas nos Estados Unidos
De fato, o governo americano flexibilizou o ingresso de determinados grupos de pessoas no país, mas é fundamental que esses indivíduos se enquadrem nas exceções de interesse nacional.
terça-feira, 4 de maio de 2021
Atualizado às 07:50
Como relatado em algumas notícias publicadas Brasil afora, o governo dos Estados Unidos decidiu flexibilizar a entrada de pessoas de outras nações no país. Segundo algumas reportagens, passam a ser aceitos estudantes e jornalistas neste novo cenário. No entanto, antes de confiar em todos os portais, é importante se atentar para os fatos e considerar os detalhes.
De fato, o governo americano flexibilizou o ingresso de determinados grupos de pessoas no país, mas é fundamental que esses indivíduos se enquadrem nas exceções de interesse nacional. Nesse caso, é necessária a aplicação de um tipo de visto específico. Alguns estudantes, pesquisadores e jornalistas poderão ter sua entrada permitida nos EUA. Vale lembrar que essas autorizações passam a ter efeito a partir do início do outono, em meados de setembro de 2021.
Algumas notícias trazem essa novidade de outra forma, fazendo parecer que qualquer estudante pode solicitar o visto e garantir a entrada no país. Por esse e outros motivos, recomendo cautela ao ler esse tipo de material. Existem diferenças entre o que é publicado e o que a Embaixada Americana aprovou e repassou para a imprensa.
Mesmo com o novo cenário, esse anúncio não significa mudanças significativas no que se refere à imigração ou turismo nos Estados Unidos, mas a boa notícia é que alguns consulados já apresentam alguma movimentação de processos e aceitação de vistos.
Pelo que podemos ver, existe a possibilidade de que, a partir do mês de maio surjam novidades, isso porque as relações comerciais do país também apontam um reflexo nessa situação.
Atualmente, o país está realizando a campanha de vacinação com ótimo efeito na população, resultando na abertura de negócios e pessoas circulando nas cidades. Com a evolução desse cenário, é possível que comecem a liberar alguns setores gradualmente, como consulados para trabalhar com alguns vistos de forma progressiva e até mesmo a abertura de fronteiras. Mas para que isso seja uma realidade, é necessário que países como Brasil façam a lição de casa e procurem por essas melhorias.
Daniel Toledo
Advogado do escritório Toledo Advogados Associados. Especializado em Direito Internacional. Consultor de negócios. Palestrante. Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB/SP e Santos.